É no número 81, da Rua D. Pedro V, no Príncipe Real, que a porta da antiga Padaria Taboense se abre agora para o universo do petisco. Logo à entrada, o restaurante tem uma parede de mosaicos pintados pela ilustradora Ana Gil. Quem não sabe ao que vem, fica esclarecido: na imagem há um leque espanhol, um Santo António de talheres em riste e alguns ingredientes bem sugestivos. Não há espaço para dúvidas: Portugal e Espanha estão à espera, à mesa. Lá dentro, há 32 lugares (10 deles ao balcão, perfeitos para espreitar a ação da equipa e a confeção dos pratos), paredes em mármore e candeeiros de cobre sobre as mesas, que criam um ambiente acolhedor e confortável, resultado da intervenção do arquiteto Tiago Silva Dias.
A carta do restaurante foi criada ao longo de um ano, sem pressas. O chefe Henrique Sá Pessoa e a sous-chef Joana Duarte escolheram, com a equipa, os ingredientes, testaram os produtos, afinaram os sabores e criaram um menu variado, que junta petiscos tradicionais portugueses e tapas espanholas, sabores bem conhecidos e recriados pela mão do chefe.
“É o restaurante onde eu gostaria de ir comer”, explica o chefe, que deixou no Alma a sofisticação, mas nunca o grau de exigência e qualidade. O menu conta com várias propostas: Tapiscos, Ovos, Brasas, Tachinhos e Sobremesas (consultar carta aqui) — todas juntam pratos espanhóis e portugueses.
"É uma forma de abranger duas culturas gastronómicas que se completam e de unificar a experiência, para se poder escolher à vontade e partilhar". Tanto Henrique como Joana têm ligações profundas a Espanha, mais precisamente a Barcelona, e são conhecedores e apreciadores da gastronomia da outra fação da península: ele ruma à Catalunha regularmente, por motivos familiares, ela formou-se e deu os primeiros passos na área da gastronomia por lá, nos seis anos em que Espanha foi a sua casa.
Os pratos são feitos com ingredientes que provêm de pequenos produtores artesanais portugueses e espanhóis. Os legumes são biológicos e nacionais e a carne e o peixe também têm qualidade garantida, o atum, por exemplo, é dos Açores e chega, fresco, todos os dias.
Quanto aos vinhos, há mais de 65 referências, de Portugal e Espanha. Brancos, tintos, espumantes, cavas, entre outras. A carta é variada, para acompanhar cada opção mediante o gosto de cada cliente. Mas o destaque vai para os vermutes, brancos, tintos e rojos — a indecisão será normal, a equipa ajuda na escolha.
O Tapisco está aberto das 12h00 às 00h00, todos os dias e não aceita reservas. O preço médio da refeição é 30,00 euros, com bebidas incluídas.
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