Rihanna domina
O desfile da marca de lingerie da estrela do pop Rihanna, Savage x Fenty, foi o evento mais aguardado da semana e também o mais exclusivo. Funcionou como um espetáculo onde só se podia entrar com convite, e que contou com a participação do grupo de hip-hop Migos e da cantora Halsey.
No desfile houve a participação de muitas celebridades como as irmãs Bella e Gigi Hadid, as modelos Joan Smalls e Cara Delevingne e a cantora Normani.
Rihanna lançou este ano a sua nova linha de luxo, a maison Fenty, com o grupo francês LVMH.
Agora em segundo ano, o seu popular desfile realizado no Barclays Center em Brooklyn será difundido pela Amazon Prime Video a 20 de setembro, uma novidade para a indústria da moda.
A marca de Rihanna apresenta-se como o oposto da Victoria's Secret - obcecada pela magreza -, com corpetes e cuecas fio-dental com padrão floral, shorts e sutiãs de gola alta para todos os tipos de corpos.
O regresso de Vera Wang
A estilista Vera Wang regressou às passerelles pela primeira vez em três anos, e disse à AFP que era "um momento excelente" porque o calendário da NYFW foi reduzido de sete para cinco dias.
"Em algum momento havia quase 400 desfiles, e acho que isso te faz perder qualquer tipo de perspectiva", indicou.
Para o seu regresso, a estilista conhecida pelos seus vestidos de noiva propôs a sua visão de sensualidade, trabalhando a sobreposição.
Houve tules que revelavam o corpo, e suspensórios pendurados de saias e tops, com ares de cinto de ligas. A parte de trás de algumas peças deixava as costas à mostra, como se fossem rasgadas.
"Visto grande parte [da indústria] de Hollywood e queria criar minha visão de Hollywood quando não estou a vestir uma estrela em particular", explicou Wang.
Christian Cowan e a sua família na Galícia
Com apenas 24 anos, o britânico Christian Cowan já veste regularmente várias estrelas, de Lady Gaga a Cardi B, passando pelo rapper revelação Lil Nas X.
O seu gosto pelo strass e as lantejoulas causam furor.
Na terça-feira apresentou uma coleção inspirada em família, natural da pequena cidade espanhola de Moaña, na Galícia.
Com mangas bufantes e rendas e tecidos com fru-fru, prestou homenagem a "todas as mulheres fortes" da sua família "que fazem com que os seus negócios e lares funcionem impecavelmente".
Uma nova década
Inspirado pela chegada de uma nova década, o estilista da Coach, Stuart Vevers, "queria uma coleção que fosse sobre a mudança e também algo que fosse mais minimalista e positivo, otimista, olhando para o futuro da nova década".
Originalmente uma marca de malas e acessórios, a Coach continua a utilizar muito couro.
Mas embora o couro tenha estado presente nesta coleção, Vevers não o tornou protagonista, jogando assim com o legado da marca mas conferindo-lhe um toque de frescura.
O estilista britânico, que presidiu o lançamento da linha de prêt-à-porter da Coach em 2015, regressou ao básico, oferecendo casacos, saias e calças de couro, muitas vezes a combinar.
O poder dos anos 1980
As modelos que andaram pela passerelle da Proenza Schouler pareciam ainda mais esculturais com seus fatos sob medida confeccionados arquitetonicamente, usados sobre drapeados femininos.
A coleção de prêt-à-porter desta temporada apresentou casacos poderosos, com grandes ombreiras, juntamente com golas-cachecol elegantes em cores neutras, muito usadas com brincos grandes.
Algumas modelos vestiam calças com pregas, e outras usavam saias longas e estreitas com collants opacos pretos ou brancos com sandálias de tiras.
Os estilistas Jack McCollough e Lázaro Hernández adicionaram aos trajes mais femininos cintos ajustados ou gabardines clássicas, modernizadas com botões assimétricos.
Vestidos robóticos
Uma série de surpreendentes vestidos robóticos desfilaram pela Semana da Moda, incluindo um perfeito para a era pós #MeToo, com apliques de folhas metálicas num ombro que balançam e tilintam quando alguém se aproxima demais, graças a sensores de movimento ocultos.
Os vestidos foram feitos com um kit criado pela ex-modelo americana-alemã Anina "Net" Trepte, fundadora da empresa 360Fashion Network, que permite que estilistas que não sabem programar utilizem a tecnologia nas suas roupas.
A pedido da empresária e com a ajuda desses kits, duas estilistas, Clare Tattersall e Azrael Yang, criaram seis vestidos que desfilaram pela passerelle do desfile do movimento artístico Melange, numa igreja episcopal do Harlem, o início da Semana da Moda de Nova Iorque.
Tattersall, que é britânica mas reside em Nova Iorque, criou o vestido com as folhas que se agitam, e outro com grandes pétalas futuristas que se abrem mecanicamente. E finalmente, um terceiro com um grande capuz prateado que abre e fecha sozinho quando se aperta um botão.
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