
Peças exclusivas, com um design moderno, confortável e a um preço mais acessível do que as marcas do mesmo segmento. Esta foi a premissa que esteve na origem da DCK, uma marca portuguesa de calções de banho que, graças aos seus estampados vibrantes e combinações de cores arrojadas, rapidamente se afirmou como uma alternativa no segmento de swimwear masculino.
A ideia para o negócio surgiu em 2009, durante uma viagem de amigos a Bali, quando Duarte Costa, um fundadores, se deparou com o baixo custo dos calções de banho. “Uma das coisas que havia em grande quantidade eram imitações da Rip Curl, Quiksilver e Billabong à venda a nove euros. Cá um fato de banho desses custa 70”, conta Fernando Costa, responsável pelo marketing e comunicação da marca, ao SAPO Lifestyle.
O espírito empreendedor despertou neste grupo de estudantes que, num momento de impulso e durante essa viagem, decidiu visitar diretamente uma fábrica local. De lá, trouxeram na mala 400 fatos de banho masculinos, mas com uma nova identidade visual pensada por eles. O objetivo era simples: vendê-los a amigos e ganhar algum dinheiro extra para o verão. Quando chegou a hora de escolherem o logotipo que queriam ver no canto inferior esquerdo das peças, optaram por juntar as suas iniciais – Duarte, Costa e Kiko – e assim nasceram os primeiros modelos da DCK. “O nome foi inventado à pressão, literalmente em cinco minutos”, recorda um deles.

O que, à primeira vista, parecia um investimento impulsivo e um pouco arriscado acabou por se tornar num verdadeiro sucesso com os exemplares a esgotarem em 15 dias. Depois de voltar a repetir este processo sozinho nos anos seguintes, em 2012, Duarte Costa decidiu elevar a fasquia e apostar numa produção reduzida, mas com selo Made in Portugal. Os produtos, que estiveram à venda em várias lojas pop-up e pequenos mercados espalhados de Norte a Sul do país, esgotaram num piscar de olhos.
Consciente do potencial da marca, Fernando recorda a ousada proposta do irmão em 2015, quando este decidiu dar o próximo passo. Neste jornada incluiu ainda dois primos: Francisco Guedes e Martin Tresca. “O meu irmão, que é muito persuasivo, disse: 'Preciso que vocês se despeçam dos vossos trabalhos. Vamos juntar uma equipa, estruturar a DCK e fazer uma coisa à séria'.”
Nesse ano, os quatro empresários inauguraram a primeira loja em Lisboa e, em 2016, decidiram mudar toda a produção para a Indonésia. A par disso, decidiram apostar em modelos mais confortáveis e com estampados exclusivos pensados para homens que, tal como os fundadores, procuravam algo diferente do convencional. O facto de a marca misturar padrões, fazer combinações inesperadas de cores e valorizar os detalhes das suas peças, faz com que seja muito difícil encontrar alguém com um fato de banho igual nas praias portuguesas. “Todos os modelos são limitados e quando esgotam nunca são repetidos, exceto alguns lisos”, explica.

A coleção é composta por três linhas distintas: Cotton, Sport e Venice. O modelo Cotton é feito em algodão e destaca-se pelo seu efeito desgastado. Já os Sport são ideais para quem é fã de desporto e não dispensa opções confortáveis, com maior elasticidade e de secagem rápida. Os Venice são o modelo mais clássico que incorpora cintura elástica, rede interior e um corte mais curto.
Se procura opções de banho mais sustentáveis pode optar pelas subcoleções Hemp, feita com cânhamo e cuja produção exige uma menor quantidade de água, e Ciclo®, que incorpora um aditivo com propriedades biodegradáveis e uma decomposição em três anos, depois da sua vida útil. Para os fundadores, a marca foi criada a pensar em quem quer aproveitar a vida ao máximo, mas com estilo e consciência. “Nós queremos que todos os homens que usem DCK vão à praia, estejam com amigos, bebam uma cerveja e estejam felizes.”
E porque a DCK é – e deve ser – para todos, a marca tem ainda uma linha de criança com modelos entre os 12 meses e os 14 anos onde, à semelhança da coleção de adulto, dominam as riscas, motivos tropicais, florais e étnicos. Mais do que oferecer estampados exclusivos e modelos confortáveis, a DCK sempre se quis posicionar como uma marca de moda acessível sem comprometer a qualidade dos seus produtos. “O preço sempre foi uma grande exigência da nossa parte e nunca podia fugir daquilo que é justo então decidimos que o limite seriam 48 euros para adulto e 39 euros os de criança”.

Para a primavera/verão de 2025, a coleção remete-nos aos três elementos que melhor representam o espírito da praia: a areia, o sol e o mar. Entre as 180 novidades masculinas e infantis preparadas para esta temporada, destaca-se a estreia de um modelo inédito da linha Cotton, que se distingue por um novo pormenor: riscas laterais. Este modelo chega em seis cores diferentes.
Apesar de uma coleção de swimwear feminina não fazer parte dos seus planos “devido à forte concorrência que existe no setor dos biquínis”, Fernando Costa adianta que “mais de metade das pessoas que compram nos nossos produtos são mulheres.”
A DCK, que atualmente produz entre 60 a 70 mil unidades por ano – e acaba de abrir o seu primeiro espaço em Bali –, quer expandir-se para fora de Portugal, com mais pontos de venda, e consolidar a sua presença neste segmento. “Nós queremos ser reconhecidos como a referência dos fatos de banho de homem. Queremos que, quando uma pessoa está numa conversa informal, e pense ‘Onde é que eu vou quando preciso de um fato de banho? Vou à DCK’”, conclui.
Descubra toda a coleção da DCK nos dois espaços físicos da marca, no Chiado e na Comporta, ou nos 18 quiosques espalhados de Norte a Sul do país.
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