Muitas queixam-se que saem ao pai mas outras também reclamam pelo tamanho excessivo. Se o seu peito se transformou num problema físico e psicológico difícil de lidar, como sucede com muitas mulheres, a cirurgia pode ser a solução. Os resultados são muito satisfatórios, desde que consulte um especialista devidamente certificado e prestigiado. A Ultimate Beauty ajuda-a a conhecer as vantagens da mamoplastia de redução e a tomar a decisão que anda a adiar há tanto tempo.
Para definir se o volume do seu peito é adequado ou excessivo, deve-se ter em conta as características do corpo, nomeadamente o peso, a altura, a largura do tórax e a estrutura músculo-esquelética. Contudo, é a própria mulher que deve optar (ou não) pela sua redução. «Não cabe a ninguém a opção de realizar esta cirurgia, mas apenas à mulher que, depois de várias análises, decide avançar com essa decisão», fundamenta o Fernando Exposto, cirurgião plástico.
«A redução mamária deve ser a solução quando «a mulher está insatisfeita com o tamanho dos seus seios e isso lhe traz consequências físicas e psicológicas», afirma ainda o especialista. Quando decidir reduzir o tamanho dos seus seios, a primeira coisa que deve fazer é consultar um especialista em cirurgia plástica reconstrutiva e estética. A escolha do cirurgião depende de vários fatores mas o fundamental é que seja um cirurgião com experiência.
A primeira visita ao especialista
É muito importante que a primeira visita seja efetuada com o especialista que a irá operar e não com um assistente ou comercial, para que possa revelar-lhe quais as suas expectativas e o que espera conseguir após a cirurgia. Só um médico especialista está em condições de lhe dar a informação mais séria e específica para o seu caso. «Antes da primeira consulta, deverá estar consciente de que quer uma mama mais pequena», recomenda Fernando Exposto.
«Antes de ir à consulta, deve anotar numa folha de papel todas as perguntas que pretende fazer ao cirurgião que a vai consultar», acrescenta ainda o especialista. Podem ser operadas mulheres a partir dos 18 anos. Antes desta idade, tal só é possível com o consentimento dos pais ou encarregados de educação. Durante a primeira consulta, o médico escutará as suas dúvidas e tentará saber se está consciente do que significa uma cirurgia.
Deste modo, pode determinar se compreende tudo o que implica a operação a realizar e se as suas expectativas acerca dos resultados esperados são realistas. Depois, procederá a um exame detalhado do tamanho e das medidas dos seus seios. O especialista irá efectuar uma palpação para saber se existem possíveis assimetrias e as diferenças entre um seio e outro, possivelmente, nunca identificadas por si.
A importância do historial clínico detalhado
Realizará, de seguida, um historial clínico detalhado, perguntar-lhe-à os seus antecedentes, se tem alergias e se toma medicamentos. De acordo com os resultados da primeira consulta, o cirurgião irá propor-lhe a técnica mais apropriada ao seu caso e irá explicá-la detalhadamente, informando-a de possíveis riscos inerentes à cirurgia, de como se desenrolará a mesma, o tipo de anestesia e o pós-operatório.
«Chamamos ainda a atenção para as cicatrizes que a paciente irá ter para o resto da sua vida», sublinha Fernando Exposto, uma vez que, ao contrário da mamoplastia de aumento, a redução deixa sempre cicatrizes visíveis. «Nesta primeira consulta, temos por hábito fazer a marcação com uma caneta na pele, para explicar onde se vai cortar e para mostrar o posicionamento do mamilo», explica Fernando Exposto.
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A segunda visita ao especialista
Se optou pela cirurgia, é agendada uma nova consulta. É aqui que começa a contagem decrescente para a intervenção. A segunda consulta serve para garantir que a paciente quer realmente ser operada e para esclarecer dúvidas, como o sutiã que irá usar. O desenho feito na mama da doente na primeira consulta serve para que, na segunda visita ao especialista, «a paciente consiga visualizar diante do espelho, a projeção da sua nova mama», explica Fernando Exposto.
Serão solicitados uns exames pré-operatórios que irão determinar se poderá ou não ser operada. É habitual solicitarem-se análises de sangue e urina, electrocardiograma e radiografia do tórax, bem como uma mamografia. A fase do pré-operatório deverá ser realizada com tempo para que o especialista possa ver os resultados e determinar se existe alguma contra-indicação à intervenção. Isto acontece, normalmente, 15 dias antes da data da cirurgia.
Nesta consulta, a doente fica a saber que «todos os tecidos retirados da sua mama serão enviados para análise microscópica de anatomia patológica e, quando o resultado estiver pronto, é entregue para que guarde no seu dossier pessoal de saúde, certificando que, na data em que foi operada, a mama estava sem qualquer doença benigna ou maligna», explica Fernando Exposto.
«Será contraindicação absoluta a presença de qualquer patologia maligna na mamografia e, neste caso, a doente deve entrar noutro protocolo», adianta Fernando Exposto. Se tiver alguma patologia crónica, como a diabetes, é necessário informar o seu médico assistente da intenção de realização da cirurgia para que ele possa recomendar-lhe um tratamento complementar oportuno.
A terceira visita ao especialista
É nesta consulta que deverá levar os resultados do estudo pré-operatório solicitado pelo cirurgião plástico. Todos os exames solicitados são analisados. O especialista entregar-lhe-á um documento que especifica aquilo que foi falado acerca da operação a realizar e a técnica a usar. Deverá assinar e assegurar o seu consentimento. Leve o tempo necessário para lê-lo na íntegra e aproveite o momento para colocar todas as dúvidas.
Também é comum tirarem-se fotografias pré-operatórias dos seus seios. As mesmas serão guardadas para a sua história clínica e serão úteis ao especialista durante a intervenção e no pós-operatório. Serão explicadas as normas pré-operatórias que deve seguir, 15 dias antes da intervenção, como por exemplo evitar o tabaco e não tomar medicamentos que dificultam a coagulação, como a aspirina ou anti-inflamatórios. Deverá informar se está a tomar algum produto dietético ou ervanário, como soja, ervas relaxantes, produtos para a circulação sanguínea, entre outros, que podem ter efeitos no seu sangue e na anestesia.
Poderão ainda ser entregues algumas normas a seguir no pós-operatório. A partir desta consulta, «a paciente possui o nosso número de telefone para nos poder contactar durante as 24 horas do dia para qualquer esclarecimento ou qualquer anomalia que possa notar», comenta Fernando Exposto, acrescentando que esta é uma prática comum na África do Sul e nos Estados Unidos da América.
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Chegou finalmente o dia da cirurgia!
Geralmente, a paciente é internada e operada no mesmo dia, regressando a casa no dia seguinte. Na Corporación Dermoestética, por exemplo, solicita-se à paciente que esteja por volta do meio-dia na clínica, onde será revista a história médica e onde serão re-observados todos os exames. Serão ainda esclarecidas algumas dúvidas que persistam. A paciente será operada durante a tarde, permanecerá umas horas no recobro e volta ao quarto depois.
Tem alta na manhã seguinte, já com o novo sutiã vestido. Deverá estar em jejum durante, pelo menos, seis horas. «Nem água é autorizada a ingerir até à hora da cirurgia», refere Fernando Exposto. A doente, depois de ser fotografada, «é marcada com uma caneta e, de acordo com determinadas regras internacionais, mediremos os montantes a retirar para a morfologia corporal adequada», explica Fernando Exposto.
Na sala de operações, poderá ser administrada uma medicação anestésica e pós-operatória. A intervenção pode ser levada a cabo, segundo diferentes técnicas. O especialista indicar-lhe-á a mais adequada ao seu caso, consoante o tamanho e a consistência dos seus seios. A cirurgia consiste, basicamente, em retirar tecido mamário e pele até obter o tamanho desejado. Também se reduz o tamanho das auréolas, que são colocadas na posição adequada.
A cicatriz que fica
Geralmente, as incisões implementadas provocam uma cicatriz. A cirurgia demora cerca de hora e meia. O pouco tempo justifica-se pela «prática clínica que temos na Corporación Dermoestética e pela equipa experiente que trabalha connosco», defende Fernando Exposto. Finda a cirurgia, é colocada uma banda compressiva suave em torno do peito.
Nessa fase, a paciente é levada para o quarto, onde fica sob observação, até ao dia seguinte. A permanência em meio hospitalar, que não ultrapassa as 12 horas de internamento, proporcionar-lhe-á o bem-estar e a segurança adequados para enfrentar o pós-operatório sem queixas.
A anestesia
A mamoplastia de redução deverá ser feita com anestesia geral. «O tipo de cirurgia utilizado na nossa clínica é a anestesia geral, o que é muito cómodo para a doente e para a equipa», explica Fernando Exposto. Permite um melhor controlo clínico da paciente durante a intervenção.
O que acontece quando lhe é dada alta
Finalmente, pode ir para casa! No entanto, tem de estar atenta às seguintes recomendações:
- Pode sair pelo seu pé, com um penso auto-adesivo e com o novo sutiã vestido pelo seu médico e pela enfermeira assistente. Poderá fazer uma vida normal, sem qualquer tipo de exageros. É permitido passear, ir ao café, receber visitas, sem qualquer restrição.
- Ser-lhe-à receitado um tratamento baseado em analgésicos e anti-inflamatórios. Recomenda-se que não faça movimentos bruscos com os braços. Evite pegar em pesos e conduzir.
Geralmente, terá de seguir este tipo de cuidados durante uma semana. Depois, poderá voltar à sua actividade profissional, dependendo do tipo de trabalho. Por volta da segunda semana está a fazer uma vida normal. O pós-operatório, por norma, não é doloroso. É capaz de sentir apenas algumas picadas resultantes da cicatrização.
A inflamação tem tendência a ir desaparecendo uma a duas semanas depois. «A nossa prioridade, em todas as cirurgias é que a doente não tenha dores. Poderá sentir um ligeiro desconforto nas cicatrizes, que passará com bolsas de gelo e um analgésico menor», tranquiliza Fernando Exposto.
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Os cuidados a ter nas semanas seguintes
«Após a segunda semana, prescrevermos cremes que ajudam na cicatrização, ao mesmo tempo que a paciente faz uma massagem ligeira». É aconselhado um sutiã com copa para que a mama seja moldada. «A título de exemplo, todas as doentes ficam a saber que a forma da mama é dada pelo sutiã que usará seis a oito semanas e que deverá tirar apenas para tomar banho», adianta o cirurgião plástico.
Não deverá fazer exercícios, no ginásio, que a forcem a movimentos peitorais, durante um período mínimo de três meses. A cicatrização total varia de doente para doente e depende de vários fatores. Por regra, aos seis meses, todo processo está amadurecido. No entanto, poucos dias após a cirurgia já é possível sentir o conforto de não ter peso excessivo no peito.
Revisões posteriores
A paciente deve voltar à consulta 48 horas depois da cirurgia, sendo seguida, semanalmente, até às seis semanas. «O apoio dado pelo médico é tranquilizante e ajuda a doente a adaptar-se à nova imagem perante o espelho», esclarece Fernando Exposto. Serão tiradas fotografias de controlo, para seguimento e comparação com as que foram tiradas antes da cirurgia. Não terá de realizar dietas especiais nem exercícios para manter o volume e a forma mamária conseguida.
Geralmente, aconselha-se à paciente a adopção de uma postura de mulher vaidosa, contrariando a anterior, caracterizada por ombros caídos. «Digo-lhes para andarem como se levassem um livro na cabeça sem deixar cair», explica Fernando Exposto. Se sofrer dores nas costas e no pescoço devido à postura erguida, poderá ser-lhe aconselhada fisioterapia ligeira a moderada.
Possíveis complicações decorrentes da intervenção
O risco de complicações é mínimo se estiver nas mãos de um bom cirurgião que saiba reconhecê-las e tratá-las, no caso de surgirem. Deverá operá-la numa clínica dotada de todos os meios assistenciais necessários para resolver qualquer problema que surja durante a intervenção:
- Aparecimento de hematomas que devem ser drenados, o mais rapidamente possível
- Possibilidade de aparecimento de seromas ou necroses gordas, sobretudo nos seios grandes
- Podem surgir perdas de sensibilidade, geralmente, passageiras
3 vantagens da redução mamária:
1. Diminuição das queixas e sintomas atrás referidos, como o desaparecimento das dores da coluna lombar e cervical. «A postura pode ser corrigida e a autoestima da doente sai favorecida. Em muitos casos, volta a sorrir e enfrenta a sociedade com segurança», diz Fernando Exposto.
2. Melhoria estética e maior harmonização do tamanho dos seus seios. É ainda possível reduzir as auréolas e corrigir o peito descaído, sobretudo nas mulheres que têm um grande volume mamário ou nas mulheres mais velhas.
3. Reduz-se ainda a incidência de cancro da mama por haver menor quantidade de tecido mamário. Poderá dar de mamar naturalmente se não for conhecido outro problema que o impeça. «É retirada da mama gordura e parte da glândula mamária. A restante fará a função de amamentação», esclarece Fernando Exposto. Poderá engravidar sem qualquer receio, devendo, contudo, esperar cerca de um ano para o fazer.
Preço
Ainda que variem de clínica para clínica e de médico para médico, pode contar com quantias a partir dos 5.000 €.
Texto: Cláudia Pinto
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