Símbolo de feminilidade, beleza e alvo de admiração, os seios são constituídos essencialmente por tecido adiposo e glândula mamária.
Ao longo da vida a sua aparência pode ser ameaçada por vários factores como a gravidez, a amamentação, as oscilações de peso, a acção dos raios solares e o próprio envelhecimento.
A pele é elástica mas perde tonicidade com o passar do tempo, por isso, merece uma atenção especial. O pior receio é a flacidez. Com o passar dos anos a pele vai perdendo firmeza.
Se juntarmos a este facto a herança genética, o tipo de pele (a seca tende a sofrer mais) e o tamanho do peito, estamos perante uma luta constante contra a gravidade. Mas há formas de minimizar os danos. Existem inúmeros cremes, cujas fórmulas avançadas ajudam a combater a flacidez, assim como técnicas de massagem que pode fazer para optimizar os resultados.
Manter um peso equilibrado é outra das medidas a seguir, pois as alterações súbitas também podem ter consequências negativas no peito. Uma solução para casos mais graves é a cirurgia para subir o peito, denominada mastopexia, que custa cerca de quatro mil euros.
Fases críticas
Na vida de uma mulher, há dois momentos que requerem atenção redobrada: a gravidez e a amamentação. É neste período que a glândula mamária sofre um estímulo hormonal e aumenta substancialmente de volume.
Daí ser vital manter o peito sempre hidratado para compensar as alterações e prevenir estrias. «Deve-se usar um creme muito gordo, espesso, quase uma pomada», aconselha Fernando Guerra, dermatologista, referindo que «na amamentação é especialmente importante cuidar dos mamilos para não fissurarem».
Para ultrapassar esta fase sem sequelas, deve ainda usar um soutien especial para a gravidez ou amamentação, com um bom suporte.
As temidas estrias
As estrias são a rotura das fibras elásticas da pele. «Geralmente surgem quando há um crescimento muito rápido, a pele não o acompanha e acaba por estalar», explica Fernando Guerra. Mas é possível evitá-las, se começar cedo.
A hidratação na zona do peito deve iniciar-se na puberdade. Uma
vez estabelecidas, as estrias não desaparecem, pelo
menos, não completamente. «Se forem recentes e
ainda estiverem encarnadas, há tratamentos a laser
que melhoram o seu aspecto, como o laser pulsado
de contraste», afirma Fernando Guerra.
Se forem
mais antigas a radiofrequência pode dar uma ajuda.
Na opinião de Joaquim Seixas Martins, cirurgião
plástico, «a estria é como uma cicatriz interna
e não há nada que a consiga tirar.
A única forma
de eliminá-la totalmente é tirar a pele onde está
localizada. Por exemplo, numa redução mamária,
tira-se a parte da pele onde há muitas estrias».
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O tamanho ideal
O aumento do peito, com próteses mamárias, é
a cirurgia estética mais comum.
Hoje em dia, as
próteses de silicone coesivo são as mais usadas e,
segundo Joaquim Seixas Martins, as mais seguras.
A técnica que consiste em colocar a prótese
debaixo da pele é aquela «que as pessoas preferem
porque é menos dolorosa no pós-operatório,
mas é menos natural», alerta o cirurgião plástico,
exemplificando: «As próteses tornam-se visíveis
na parte superior do peito».
«Se forem redondas
ainda se vêem mais porque a parte mais projectada
da prótese é a do meio, o que não corresponde
à realidade. Numa mama natural, a zona
mais projectada é o terço inferior», refere ainda.
O preço deste
tipo de intervenção ronda os cinco mil euros.
A cirurgia de redução mamária é também bastante
usual quando o tamanho do peito interfere com
a qualidade de vida da mulher e custa também
cerca de cinco mil euros.
Texto: Raquel Amaral com Fernando Guerra (dermatologista) e Joaquim Seixas Martins (cirurgião plástico)
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