Para as que nunca ouviram falar na palavra frottage, esta corresponde a um tipo especial de masturbação que não ocorre na privacidade do lar, escondida de olhares alheios. Em vez disso, ocorre entre pessoas, possivelmente em meios de transporte públicos superlotados.
Fricção sobre a roupa
A palavra deriva do Francês “frotter”, que significa literalmente friccionar, esfregar. Assim, é um fetiche em que as pessoas obtêm satisfação sexual ao friccionar-se contra outra pessoa ou certas peças de roupa. É por isso que o local mais adequado para satisfazer esta necessidade sexual será um local cheio de gente.
São muitos os especialistas que não mencionaram este fetiche durante muito tempo porque desconheciam a sua existência. Quando o descobriram, primeiro pensaram que os homens gostam de roçar roupas ou partes do corpo feminino. Assim, indicavam que o fetiche descrito era de natureza heterossexual. O frottage era mais uma coisa de homem e incluía friccionar-se contra o corpo nu da mulher, ou uma peça de roupa. E claro, o fenómeno não era comum apenas entre os homens, por isso foi sugerida uma emenda e uma teoria menos determinante, que afirma que o orgasmo é alcançado através da fricção contra roupas ou o corpo de uma pessoa do sexo oposto.
O corpo de um estranho é sinónimo de satisfação
A fricção não inclui contacto genital directo. É uma acção clandestina e camuflada que ocorre casualmente. A pessoa a que a outra pessoa se encosta nem sequer se apercebe da masturbação que ocorre, porque tudo acontece num local público e portanto não parece um comportamento desviante nem suspeito. É como se os indivíduos fossem forçados a encostar-se um ao outro, mas na verdade isto excita-os.
Na maior parte dos casos, são as mulheres as vítimas da fricção, já que os homens são mais corajosos na expressão deste fetiche incomum. Acontece com frequência que, além da fricção, as pessoas também se excitem com o cheiro de um estranho. Uma forma menos notória de fricção é a masturbação ao esfregar-se contra a roupa de uma pessoa. Esta peça de roupa específica tem uma certa carga erótica para um indivíduo com o fetiche da fricção, quer em termos de características da roupa ou da pessoa a quem pertence. As cuecas e meias das mulheres são as peças de roupa mais populares para os friccionadores. É claro que também há o factor cheiro, indicando o corpo da pessoa a quem a peça de roupa pertence.
A fricção pode levar ao clímax?
Um contacto genital directo, isto é, o esfregar contra o corpo de uma pessoa que se apercebe disso, não é uma forma disfarçada de fricção. Este contacto é normalmente apelidado de carícia, e os adolescentes utilizam-no para substituir as relações sexuais reais. Na sua pesquisa, o psicólogo Yankowski descobriu que 80 por cento dos homens e 41 por cento das mulheres incluídas no seu estudo atingem o orgasmo por fricção genital directa, ou carícias.
Contudo, só muito raramente chegam ao orgasmo por fricção disfarçada em locais públicos, por duas razões. A primeira é que a situação acontece muito rapidamente, de forma quase instantânea. A segunda é que o contacto não é directo o suficiente para despoletar tal masturbação. A roupa de uma pessoa é frequentemente utilizada como forma de atingir o clímax e satisfazer o desejo sexual. Um fetichista leva uma peça de roupa para casa e esfrega-se nela.
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