Compreender o funcionamento do corpo humano em resposta à estimulação sexual é importante para nos sentirmos mais confortáveis em situações de excitação.

A excitação sexual pode ser dividida em quatro fases, independentemente do género masculino ou feminino e o seu início dá-se no cérebro, respondendo este a estímulos visuais, a cheiros ou ao toque.

O cérebro envia, depois, mensagens ao resto do corpo, particularmente à zona genital. Segundo Bram Broms, médico da clínica euroClinix, «esta fase é acompanhada pelo aumento dos batimentos cardíacos e da pressão arterial, levando no homem à ereção do pénis pelo preenchimento dos seus corpos cavernosos e na mulher à erecção dos mamilos, ao aumento da lubrificação no interior da vagina e ao entumecimento do clítoris».

Na fase que se segue, conhecida como plateau, a excitação atinge o seu pico e o corpo tanto do homem como da mulher prepara-se para o orgasmo. Na mulher, o clítoris torna-se mais sensível, levando ao aumento dos tecidos circundantes à vagina e no homem ocorre o aumento dos testículos e o pénis prepara-se para a ejaculação. O orgasmo (ou clímax) é marcado por um prazer súbito e intenso, levando a um aumento abrupto da tensão arterial e à contracção dos músculos pélvicos circundantes à vagina, na mulher e à contração da uretra e consequente ejaculação no homem.

Após o orgasmo, ocorre o período de resolução ou refratário caracterizado pela normalização da pressão arterial. Na mulher, esta fase pode ser curta e levar a mais orgasmos caso a excitação continue, enquanto que nos homens, durante um certo período de tempo, não é possível atingir outro orgasmo, voltando o pénis e os testículos à sua flacidez e ao seu tamanho normal.

Apesar de as fases da excitação sexual serem as mesmas para homens e mulheres, a resposta à estimulação é diferente para os dois sexos. O orgasmo feminino tem uma componente psicológica mais forte, podendo a excitação ser interrompida com maior facilidade. As contrações musculares que acompanham o orgasmo na mulher têm uma duração maior, sendo a resposta masculina mais rápida e mais fácil de conseguir durante a estimulação.

Como potenciar a excitação sexual e o orgasmo?

A excitação sexual varia de pessoa para pessoa e individualmente, dependendo do momento. Se, por vezes, o orgasmo pode ser muito intenso e explosivo, noutras é menos intenso e ligeiro. As diferenças de intensidade podem dever-se a fatores físicos como a fadiga ou o tempo decorrido entre o último orgasmo, bem como a fatores psicológicos, dependendo do humor, da relação com o(a) parceiro(a), a expetativa e os sentimentos sobre a experiência.

O orgasmo é uma resposta do corpo num seu todo e não só dos órgãos sexuais, como tal, é influenciado pelo bem estar geral do organismo, quer a nível físico, quer psicológico. No caso das mulheres, se não estiverem subjacentes quaisquer problemas psicológicos ou físicos, a principal razão para não conseguirem atingir o orgasmo é a falta de estimulação contínua no clítoris, pelo que podem adotar a posição de topo durante o ato sexual, de forma a que o clítoris seja estimulado contra o abdómen do parceiro.

Estimulação manual do clítoris

Outra solução pode ser a estimulação manual do clítoris, não só nos preliminares, mas durante o sexo, quer seja pela mulher ou pelo parceiro. A maioria das mulheres precisa de se abstrair do stress e ansiedade do dia a dia para conseguir melhores resultados a nível sexual, pelo que uma sessão de massagens ou um banho a dois, podem ser o suficiente para entrar no espírito.

Nos homens, por a estimulação sexual ter uma componente mais física, esta é mais provável de ser afectada por fatores como o cansaço, o consumo de álcool ou de drogas. Se a estimulação sexual habitual não for suficiente, tente perceber qual o motivo e peça à sua parceira um pouco mais. O sexo oral é uma das melhores formas de estimulação sexual para os homens, pelo que o investimento neste campo pode conseguir os melhores resultados no seu prazer sexual.

Texto: Clínica euroClinix