Um adolescente ficar triste é natural, mas um estado permanente de tristeza associado a uma quebra de energia física e a algum isolamento podem ser sintomas de alarme. Até porque a adolescência é um período particularmente delicado para a saúde mental do ser humano. Nesses casos, os pais devem tentar perceber o que aconteceu com os filhos e procurar ajuda especializada. A psicóloga infantil Úrsula Perona, colaboradora do canal Sapos y Princesas, do El Mundo, fala em dez situações que podem requerer a ajuda de um terapeuta:
1. Alterações notórias de comportamento
Falta de apetite, irritabilidade, isolamento social, quebra de rendimento escolar ou recusa em frequentar as aulas podem ser sinal de problemas na escola. Veja se o seu filho está a ser alvo de bullying ou teve alguma zanga forte com colegas.
2. Problemas de autoestima
As vítimas de bullying revelam frequentemente sinais de ansiedade, angústia e falta de amor-próprio. É preciso atacar esse problema o mais rapidamente possível, sob pena de esse mal seguir com o jovem para a vida adulta. Se, ao contrário, é o seu filho o agressor, também necessita de ajuda: “É importante descobrir o que pode estar por trás deste comportamento: falta de empatia, insegurança e baixa autoestima, dificuldade em gerir emoções e resolver conflitos ou outros problemas emocionais”, enumera Úrsula.
3. Más notas ou castigos escolares
É importante perceber se a criança ou jovem tem maus resultados devido a problemas de aprendizagem ou se não está a aplicar-se o suficiente. Se o problema é o comportamento, tente entender o que está a motivar essa chamada de atenção.
4. Transtornos alimentares
Atenção à mania das dietas (um problema mais comum entre as raparigas) ou à quebra repentina de apetite. Muitos distúrbios alimentares começam na juventude e têm de ser tratados o mais depressa possível.
5. Divórcio dos pais
É sempre alvo de tristeza e de stress, ainda mais porque implica a adaptação a uma nova rotina diária (no caso da guarda-partilhada).
6. Drogas
Se suspeitar que ele consome drogas, arranje uma forma de o confrontar o mais tranquilamente possível sobre o assunto e recorra a uma especialista. Ainda que ele não consiga exercer uma influência imediata sobre o seu filho, pode começar a ajudá-la a si a lidar com a situação.
7. Abuso sexual
“Tal como acontece com o bullying, o resultado de um abuso pode ser grave e afetar o resto da sua vida”, alerta a psicóloga infantil.
8. Perda de alguém próximo
Se o seu filho perdeu um amigo ou familiar, é natural que necessite de um tempo para fazer o luto. Veja se o processo não se arrasta tempo demais e se à volta dele há energia suficiente para lhe dar ânimo. Por vezes, o resto da família está tão em baixo que não consegue dar o apoio necessário.
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