Quantas vezes já ouviu o cliché «a coisa que mais importante que podemos dar aos filhos é o amor»? É evidente que o amor é essencial. Parece-nos que todos nós já descobrimos isso. Mas se lhes dermos apenas amor, ficarão carentes de muitas outras coisas.
Os pais do estilo boémio (ou hippy, como se dizia antigamente) parecem pensar que os filhos podem correr livremente como selvagens, com o cabelo ao vento e os pés na terra, felizes por saberem que os pais os amam. Que nunca devem tentar impor-lhes restrições (estariam a controlá-los) ou limitar o seu comportamento (estariam a, metaforicamente, aprisioná-los).
Sim, é verdade – temos de dar amor aos nossos filhos. Mas há também outras cosias que temos de lhes dar: disciplina, autodisciplina, valores, a capacidade de criar bons relacionamentos com os outros, um estilo de vida saudável, uma série de interesses, uma educação capaz, um espírito aberto, a capacidade de saberem pensar por si mesmos, de entenderem o valor do dinheiro, de saberem ser assertivos, a capacidade de aprender – e saberem que têm de cortar o cabelo de vez em quando.
Calma, ninguém disse que ia ser fácil. A partir do momento em que temos filhos, estamos a aceitar uma tarefa enorme, que será árdua para o resto da vida. Não podemos pensar que basta amá-los para sermos bons pais. Deixá-los fazer o que querem e quando querem não é bom para eles, por isso temos de nos envolver, o que significa sangue, suor e lágrimas.
Mas não desanime: olhe à sua volta e verá que há tantos pais que conseguem sair-se bem, que educar não pode se assim tão complicado; mas tem de reconhecer que tem um trabalho árduo à sua frente. Ainda bem que dispõe de muitos anos para o levar a cabo.
Ideia-chave:
A partir do momento em que temos filhos, estamos a aceitar uma tarefa enorme, que será árdua para o resto da vida.
Texto adaptado por Maria João Pratt
Fonte: 100 regras para educar o seu filho (2009), de Richard Templar – Editorial Presença
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