Nos dias 4 e 6 de outubro, o Porto recebeu a maior competição de Clubes de Minigolfe. Mais de 150 atletas internacionais e nacionais, oriundos de 10 países, participaram na competição pelo título europeu.
Portugal foi representado pelas equipas masculina e feminina do Clube de Minigolfe do Porto, que conquistaram o seu lugar ao vencer o Campeonato Nacional de Clubes de 2018.
O minigolfe é uma atividade de lazer bastante conhecida no grande Porto, região onde o Clube de Minigolfe do Porto tem vindo a dinamizar a atividade com o objetivo de fomentar a sua vertente competitiva.
André Campos, da organização da Competição de Minigolfe e do Clube de Minigolfe do Porto, admite que na sua vertente de lazer é uma atividade bastante conhecida da população portuguesa na sua quase totalidade. "No entanto, a sua vertente de competição mantém-se bastante discreta, começando agora a dar sinais de crescimento nas camadas mais jovens e do público feminino", explica.
"Gosto de jogar minigolfe de competição, pois o minigolfe é um desporto diferente de todos os outros e a partir do qual fiz muitas amizades. É um desporto que me ajuda a superar as minhas dificuldades de concentração, ao exigir que esteja focada durante longos períodos de tempo." - Inês Fontes, 18 anos
Praticar Minigolfe é bastante acessível, como nos explica André Campos. "Para ser um praticante de Minigolfe basta tornar-se sócio de um Clube (valores das quotas 25€/ano), adquirir um taco (aprox. 80€) e algumas bolas de competição. Para iniciar, cerca de 10 são suficientes e o preço varia entre os 10€-17€ por unidade".
O maior Clube em Portugal é o Clube de Minigolfe do Porto na Foz do Douro, onde existe inclusive uma escola de Minigolfe aos domingos de manhã. Outros municípios com Clube são: Vizela, Lamego, Oeiras, Portel, Costa Nova e Barqueiros.
Para além da componente de lazer e competição, o minigolfe também traz outros benefícios.
"O minigolfe desenvolve a capacidade de concentração, enfoque e resistência a situações de stress, bem como uma capacidade de coordenação motora elevada. Estas quatro componentes físicas têm impacto não só ao nível escolar, como ao nível profissional, aumentando a performance dos praticantes, bem como o facto de ser um desporto de ar livre, que permite uma exposição ao ar puro e à natureza, conjugada com a prática de desporto".
"Eu gosto do Minigolfe de competição porque para além de ser praticado ao ar livre, é um desporto calmo e tem um ótimo espírito de cooperação e de Equipa." - Sofia Santos, 16 anos
No caso das crianças, André ainda ressalva outros aspetos positivos da modalidade.
"É relevante ainda o facto de estarem expostas a outras crianças com quem criam laços de partilha e de competição saudável, aprendendo não só a ganhar, mas acima de tudo a saber perder. Este é também um desporto que tem competição coletiva, onde a performance individual tem impacto na Equipa, permitindo aos mais novos terem alguma responsabilidade incutida, assim como perceberem as vantagens do trabalho de Equipa"
Desporto intergeracional
O Minigolfe tem ainda uma integração intergeracional muito rara no desporto. Por exemplo, no Clube de Minigolfe do Porto existe uma família em que joga o avô, dois filhos e dois netos, outra em que jogo pai, mãe, filho e filha, vários casais e pais e filhos.
"O Minigolfe tem a rara característica de permitir que toda uma família jogue, desde o avô ao neto, dado não ter um grau de exigência física elevado. Isto permite fazer das competições de Minigolfe bons momentos de convivência familiar, cada vez mais raros num mundo cada vez mais acelerado".
“O Minigolfe é um excelente desporto pois pode ser jogado por qualquer pessoa, sendo bastante acessível a todos. Na sua vertente de lazer, é um desporto muito intuitivo, o que o torna um bom programa para combinar entre amigos. Já na sua vertente competitiva, este requer muito treino e persistência para jogarmos ao mais alto nível. O minigolfe permite também o convívio entre pessoas de várias faixas etárias. O minigolfe permitiu-me conhecer pessoas fantásticas com as quais criei uma relação de amizade.” - Pedro Cruz, 20 anos
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