
Mingguang He e outros cientistas pediram a seis escolas para colocarem os alunos a brincar ao ar livro todos os dias. E pediram a outras seis para que mantivessem a rotina dentro da sala de aula.
Os pais das crianças de ambos os grupos também foram estimulados a incentivar brincadeiras ao ar livre durante os fins de semana.
Depois de três anos, as crianças foram submetidas a testes com as crianças para identificar se havia sinais de miopia. No inicio da experiência, menos de 2% de cada grupo tinha desenvolvido o problema.
Entre as crianças das escolas que aplicaram a estratégia de brincar ao ar livre, 30% desenvolveram algum grau de miopia (259 de 853 crianças). Já entre aquelas que ficaram nas salas de aula, 40% desenvolveram o problema (287 de 726 crianças).
A diferença não é grande, mas é significativa, dizem os cientistas, escreve a BBC.
O estudo sugere que as crianças devem equilibrar atividades realizadas em lugares fechados, como ler, com atividades ao ar livre, que usam a visão à distância.
"Isso é importante clinicamente porque crianças que desenvolvem miopia cedo têm mais hipóteses de que o problema avance com o tempo, o que também aumenta o risco de desenvolverem miopia patológica", comentam os investigadores na publicação científica JAMA.
Na publicação, Michael Repka, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, admite que são precisos mais estudos para confirmar e compreender as conclusões da investigação.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o número de pessoas com miopia duplicou nos últimos anos.
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