Apesar de ainda haver evidência insuficiente que apoie a utilização de probióticos (Lactobacillus reuteri) para gerir as cólicaa ou para evitar o choro em crianças, especialmente em bebés alimentados com leites artificiais, pode ser eficaz para tratar o choro de bebés que são amamentados em exclusivo e têm cólicas, de acordo com um estudo liderado por Valerie Chung, do Hospital Real Infantil, na Austrália.

 

Os investigadores realizaram uma revisão sistemática de 12 ensaios clínicos que avaliaram, de forma aleatória, 1.825 crianças com três meses de idade ou menos para probióticos orais contra placebos e com ou sem tratamento. Cinco dos ensaios examinaram a eficácia dos probióticos no tratamento de cólicas e sete examinaram o seu papel na prevenção de cólicas. O resultado foi a duração ou o número de episódios de choro infantil/aflição ou diagnóstico de «cólica infantil».

 

De acordo com resultados do estudo, seis dos 12 estudos sugeriram que os probióticos reduziram o choro e seis não. Três dos cinco ensaios de gestão das cólicas concluíram que os probióticos efetivamente tratavam as cólicas em bebés alimentados com leite materno, um sugeriu uma possível eficácia em bebés com cólicas alimentados com leites artificiais e um estudo sugeriu uma ineficácia em bebés com cólicas amamentados em exclusivo.

 

«São necessários ensaios clínicos aleatórios maiores e mais rigorosamente desenhados para examinar a eficácia do probiótico L. reuteri na gestão das cólicas dos bebés amamentados e alimentados com leites artificiais e na prevenção das cólicas em recém-nascidos de termo saudáveis», conclui o estudo.

 

 

Maria João Pratt