Informe-se junto do médico assistente. É essencial o esclarecimento de dúvidas, por exemplo, durante a consulta de revisão após o parto. Fatores ginecológicos podem causar desconforto durante a relação, como a presença de lóquios ou perdas de sangue, muco e tecidos do interior do útero, no pós-parto. Ou quando há pontos do parto para cicatrizar (embora a reparação dos tecidos fique completa a seu tempo).
Valorize o seu bem-estar físico e psicológico. Nos primeiros tempos a seguir ao parto, muitas mulheres têm receio de não ter «a capacidade de ter e de dar prazer, e de poderem vir a ter dor no ato sexual», refere a médica Marcela Forjaz, aconselhando: «A mulher só deve retomar a vida sexual quando se sentir bem e segura de si física e psicologicamente».
Partilhe os receios e as emoções no pós-parto. Do ponto de vista emocional, em alguns casos as mulheres podem sentir-se «confusas por utilizar o corpo que usam para ser mães (quando amamentam) para uma finalidade sexual», explica a psicóloga clínica Teresa Abreu, acrescentando: «Por vezes (quando têm relações) sentem-se mesmo culpabilizadas ou receiam estar a abandonar o bebé». A boa notícia é que esta reação é natural e é atenuada à medida que a mãe (e o pai) se vão adaptar ao bebé.
Divida as tarefas com o bebé. É natural que a mãe e o pai estejam mais cansados por causa da atenção e dedicação ao bebé, até porque, especialmente as mães, estão numa fase de mudança de vida e de reorganização de si próprias como pessoas. Por vezes, não se sentem confortáveis na sua nova “pele” psíquica e física ou sentem-se inseguras perante o olhar do outro, explica a psicóloga Teresa Abreu.
Proteja-se contra uma nova gravidez. Para salvaguarda de uma nova gravidez, o casal deve conversar com o seu médico e decidir qual o método contracetivo que irá usar antes de reiniciar as relações sexuais. O ideal é que decidam a contraceção durante a gravidez ou na consulta de revisão a seguir ao parto.
Texto: Ana Margarida Marques
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