Sabia que o desejo sexual varia de mulher para mulher e ao longo de cada fase de gestação? E que durante a gravidez da mulher, o homem também experiencia oscilações no seu desejo sexual?
A Bebé Vida, banco de tecidos e células 100% português, esclarece os futuros pais acerca da sexualidade na gravidez. O desejo sexual da mulher oscila ao longo das 40 semanas de gestação, começando por uma diminuição no primeiro trimestre, para aumentar consideravelmente durante o segundo e voltar a diminuir no terceiro.
Já o homem pode diminuir progressivamente as tentativas de iniciar uma relação, por medo de poder magoar de alguma forma o feto e/ou a mulher. Contudo e no sentido inverso, pode aumentar o desejo sexual, devido a um sentimento de virilidade e agradecimento.
1º trimestre
O início de uma gravidez é marcado pelas várias alterações sentidas pela mulher, seja a nível físico ou psicológico. A região mamária fica mais sensível e a excitação sexual pode não ser erótica e provocar mesmo desconforto e irritação vaginal aquando da penetração. Para além destas alterações físicas, tanto a grávida como o seu companheiro, passam por um importante momento de aprendizagem. A ausência ou manutenção da líbido depende também da aceitação da gravidez pela mulher e a relação afetiva que tem com o seu companheiro.
2º trimestre
O segundo trimestre é um período mais confortável, em que as alterações no corpo da mulher causam um aumento da tensão sexual, facilitando a capacidade orgástica. A líbido aumenta e verifica-se uma resposta mais satisfatória do que anteriormente. No entanto, registam-se contrações uterinas, sem prejuízo para o feto, mas que são seguidas de uma redução da atividade fetal e por fim de de uma hiperatividade compensatória, o que pode interferir com a sensação de relaxamento sexual da mulher.
3º trimestre
No derradeiro trimestre o aumento da tensão sexual mantem-se forte, podendo mesmo ser maior devido ao aumento da pressão pélvica do útero, e a fase de resolução mantem-se como no trimestre anterior, mais lenta do que antes de engravidar, podendo manter-se o estado de tensão sexual depois do orgasmo. Contudo, o aumento do útero, as cãibras, a azia, o peso, a posição fetal, a saída de leite provocada pela excitação e as fortes contrações uterinas após o orgasmo diminuem a vontade de manter uma atividade sexual muito ativa.
Comportamento sexual masculino durante a gravidez
O desejo sexual masculino também sofre alterações ao longo da gravidez, podendo levar à diminuição progressiva das tentativas de iniciar qualquer atividade sexual, muitas vezes por medo de magoar o feto e a mulher. Muitos casais diminuem a frequência do coito devido à imagem corporal e ao medo de provocar um parto prematuramente. No entanto, é importante referir que o coito por si só, não causa quaisquer danos no feto. É fundamental a alteração das posições durante esta fase, o que também pode ser um constrangimento para alguns casais.
Noutros casos, o desejo sexual pode manter-se inalterado ou até aumentar, graças a sentimentos de virilidade e de gratidão por parte do homem, tornando-se mais carinhoso e protetor, o que enriquece afetivamente a relação e estimula o interesse sexual durante a gravidez.
Sílvia Martins, Administradora da Bebé Vida, laboratório de criopreservação afirma que, “a sexualidade é uma componente de grande importância para o aprofundamento da intimidade de um casal mesmo durante a gravidez. Dirigimo-nos aos futuros pais de forma a evitar ansiedades e receios relacionados com esta questão, pois sabemos que não é um tema fácil e que existem ainda diversos tabus sobre o assunto.”
A atividade sexual ajuda a futura mãe a relaxar e aumenta a cumplicidade do casal. Basta que este se adapte às alterações proporcionadas pela nova fase que se aproxima das suas vidas. Novas posições, novos truques e sensações podem ser descobertas pelo casal em busca da intimidade.
Artigo elaborado com o apoio da Enfermeira Graça Alves, Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia e Mestre em Sexualidade Humana.
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