Por esta altura, é rara a criança que não escreve uma carta ao Pai Natal, com uma (geralmente extensa) lista de brinquedos que gostaria de receber como presente. Se o seu filho ainda não escreveu a deste ano, incentive-o nesse sentido. Além de estimular e desenvolver o gosto pela escrita, esse gesto permite-lhe conhecer maior maior pormenor alguns dos seus gostos e preferências, evitando muitas vezes a compra de presentes aos quais ele não achará piada.

No final, antes de a enviar, releiam-na em conjunto e discutam o seu conteúdo, incluindo os erros. Aproveite para sensibilizar o seu filho para a ideia de que, ao contrário do que ele ainda julga, os presentes não são o mais importante da vida. Explique-lhe também que existem crianças que não vão ter Natal e fale-lhe de como vivia esta quadra em criança. Estará, desse modo, a estreitar laços e a partilhar experiências que o seu filho não esquecerá no futuro.

Apesar de incentivar o envio de pedidos ao popular velhinho das barbas brancas, o conceituado pediatra português Mário Cordeiro defende também que esta representa uma excelente oportunidade para desmistificar o lado consumista da época, "estabelecendo desde logo que a carta ao Pai Natal não é uma lista de exigências nem uma lista de casamento para os pais e restantes familiares cumprirem. É apenas a expressão de desejos", esclarece o especialista.