
Para celebrar o Dia Internacional dos Direitos da Criança, que se celebra a 20 de novembro, a Imaginarium divulga o estudo “Imaginarium, Jogo e Felicidade na infância” para entender melhor a relação entre o direito a brincar das crianças e a sua felicidade. Este dia internacional recorda que todas as crianças têm direito a ser felizes e, segundo a Convenção dos Direitos da Criança, um dos direitos fundamentais é precisamente brincar.
Não há infância feliz sem brincar
Que pais e filhos brinquem juntos é uma atividade necessária ao equilíbrio emocional de ambos, e é nessas ocasiões que ambos reconhecem os momentos de maior felicidade. “O ato de brincar é concebido como um momento de felicidade para a criança” afirma Miguel González-Duran, especialista em Marketing infantil e diretor de The Modern Kids&Family “que para além de estimular a ligação, ajuda a criar um laço afectivo mais forte entre pais e filhos, que durará toda a vida”.
O tempo partilhado permite desfrutar juntos e ajuda a criar um elo de união muito importante e positivo. Miguel González-Duran explica também que “é muito importante que o tempo em família seja de qualidade já que são estes momentos que nos permitem conhecer melhor os nossos filhos e que eles nos conheçam”
“Mais tempo para brincar com os pais”: o desejo das crianças
Para os mais pequenos brincar, para além de ser divertido, é a maneira preferida de fazer amigos, e consideram os seus pais uns dos melhores companheiros de brincadeiras, Para uma criança, brincar é sempre uma diversão, mas brincar com os seus pais, de uma maneira plena e sem pressas, é o prazer de viver.
Segundo o estudo da Imaginarium, realizado com métodos quantitativos e qualitativos (focus groups), aquilo que faz mais felizes as crianças é estar com a sua família partilhando atividades e divertindo-se com os jogos que mais gostam. “À medida que as crianças crescem o seu mundo vai crescendo e o espaço familiar vai-se diferenciando do espaço dos amigos e do seu próprio espaço, sendo a família um espaço relevante relativamente à sua felicidade” conclui Miguel González-Duran.
Ainda que os pais brinquem bastante com as crianças, as crianças gostariam de passar mais tempo com eles, e reconhecem que as obrigações diárias, profissionais e outras, não lhes deixam tanto tempo para brincar. É por isso que as férias são a época preferida das crianças, já que lhes permitem ter mais tempo livre para realizar atividades fora da rotina e divertir-se com as suas atividades preferidas, como estar em família e brincar com pais e irmãos, estar com os amigos e dedicar tempo as atividades que gostam de fazer sozinhos. Segundo este estudo, as crianças preferem brincar com os seus pais através de jogos de interação, como jogar à bola ou brincar às escondidas (33%) mais do que outras atividades como os jogos tradicionais e educativos (23%) ou os jogos digitais (17%), considerados como uma brincadeira individual, que forma parte dos seus momentos de lazer, e à qual recorrem quando não têm com que brincar, mas não é a preferida.
Ser pai, uma tarefa gratificante mas dura
Na atualidade, ser pai é uma tarefa muito gratificante apesar de ser percebida como uma experiência dura. A jornada laboral marca a disponibilidade e a organização do tempo, e com a chegada dos filhos a vida fora do trabalho vê-se transformada.
Apesar da falta de tempo livre e do trabalho, 62% dos portugueses afirma que brinca todos os dias com os seus filhos e 28% brinca duas a três vezes por semana.
Apesar destes dados, “os problemas de conciliação entre vida laboral e familiar", declara Miguel González-Duran que aconselha a “estabelecer prioridades e a não contar o tempo que estamos em família para que este seja de qualidade”.
Os pais portugueses querem passar mais tempo em família
Para 31,2% dos pais portugueses, à semelhança do que acontece em outros países do Sul da Europa, aquilo que os faz mais felizes no seu dia-a-dia é estar com a família.
Noutros países abrangidos pelo estudo, acontece o mesmo: em Espanha, 31,7% dos pais afirma que o que mais gosta é de passar tempo em família, em Itália 31,1%, na Grécia 30,9% e na Turquia 26,5%. É surpreendente descobrir como 26,5% dos pais portugueses elege o tempo em família como uma atividade essencial que contribuirá para a felicidade dos seus filhos no futuro, à frente de outras atividades como passear (20%), desenvolver atividades intelectuais, como ler um livro (19%) ou mesmo praticar desporto (18%).
As manifestações de afeto por parte dos filhos são o maior motivo de alegria para os pais. Numa pergunta de resposta múltipla, 19,4% escolhem o momento em que chegam a casa, depois do trabalho, e são recebidos pelos seus filhos, como o momento de maior felicidade, e uma percentagem semelhante (19%) afirma que o seu momento preferido é brincar com os seus filhos, à frente de 12% que declara gostar de ajudá-los a fazer os deveres.
O que deve ter um brinquedo para fazer feliz uma criança
Brincar é fundamental, não só como diversão nos momentos de lazer das crianças, mas também como ferramenta de educação, e os brinquedos são nesta medida o principal instrumento destas atividades. “Os brinquedos ajudam a concretizar o tempo passado em família, e proporcionam momentos de brincadeira, por vezes difíceis de encontrar no dia-a-dia.” afirma Natalia Chueca, Diretora de Marketing da Imaginarium.
Existem tantos brinquedos e tão variados, que por vezes torna-se difícil escolher o mais adequado ou melhor. Em que é que reparam as crianças para escolher o seu brinquedo ideal? Segundo os pais portugueses, as características fundamentais para que um brinquedo faça feliz uma criança são que seja apropriado para a sua idade (20%), que tenha sido pedido pela criança (18%), que seja fácil de utilizar (17%) e que o tenha visto na televisão (8%).
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