Nunca como hoje foi tão importante e prioritário preocuparmo-nos e cuidarmos das pessoas e do nosso planeta.

Estima-se que em 2050, a população mundial será superior a 9 mil milhões, o que significa que será necessário produzir mais 60% de alimentos.

Preocupante é saber que a gestão dos alimentos produzidos para abastecer todas as pessoas a nível mundial, não é devidamente planeado e acontece sem planeamento assertivo. 1/3 dos alimentos produzidos não é consumido – ou seja, vai para o lixo.

Os desequilíbrios são difíceis de ultrapassar e é difícil uma receita certa, mas compete-nos ter um empenho cada vez maior e mais real, porque em todo o mundo, 900 milhões de pessoas passam fome, e 1,9 mil milhões sofrem de obesidade.

Para fazer face a estas questões, às necessidades que derivam do crescimento intensivo da população mundial, ao desenvolvimento e suporte necessários para melhor alimentar todos os indivíduos, e as exigências de qualidade emergentes em todos os estratos sociais, a indústria alimentar intensificou a agricultura e a produção animal local.

Com a crescente preocupação sobre os impactos ambientais versus uma maior exigência quanto à qualidade dos produtos de consumo alimentar e preocupação com a saúde, surge o conceito de alimentação sustentável como uma possível solução para alcançar um maior equilíbrio entre a produção alimentar, saúde e protecção ambiental.

3 impactos favoráveis imediatos

1 - Os alimentos da época têm, geralmente, características nutricionais e organoléticas (sabor, odor, cor) superiores.

2 - Não necessitam de tanto transporte ou métodos de conservação artificial, duram mais tempo após a compra no frio e mantêm a qualidade intrínseca a cada alimento.

3 - Contribuem para a promoção da economia local e estão, habitualmente, disponíveis a um preço mais acessível.

As boas dicas para seguir esta tendência mais sustentável

1. Lista organizada das reais necessidades
2. Mais vegetais e frutas e menos consumo animal
3. Escolha mais equilibrada para mais saúde e qualidade de vida
4. Alimentos de produção local e frescos da época
5. Preparo dos alimentos com reais medidas de poupança aos consumos energéticos
6. Dieta mais equilibrada
7. Fluir com as estações e o que elas tem para oferecer, conhecendo assim mais sobre o planeta

São novos gestos que mudam o estilo de vida, prevêem a saúde e cuidam do planeta terra.

Este conceito chega também às escolas para consciencializar e educar os mais pequenos e futuros cidadãos e cuidar do seu mais imediato bem-estar através de Programa de Sustentabilidade na Alimentação Escolar.

Este programa divide-se em quatro grandes pilares

1. Produção alimentar

Há um contacto direto dos alunos com todo o processo de cultivo dos alimentos vegetais e frutas, como a preparação do solo, a escolha das sementes conforme a estação, organização das hortas e a colheita com a subsequente
acondicionamento para preservar os alimentos sem conservantes.

2. Regras de economia

São explicados todos os passos para uma aquisição consciente e junto dos produtores locais, assim como todas as vantagens que este sistema oferece.

3. Educação cívica e planetária

São oferecidas explicações sobre ecologia, pegada ecológica, sustentabilidade, cuidados com o meio ambiente.

4. Confeção dos alimentos e bons hábitos alimentares

Nesta inclui-se programas mais sérios como a Escola Activa para combate à obesidade infantil e promoção de melhores hábitos alimentares. O programa os Heróis da Fruta, com lanche escolar saudável, o Regime de Fruta Escolar com oferta de fruta para incentivo ao gosto pela fruta desde criança, entre outros programas mais gerais como a alimentação mediterrânica e a roda dos alimentos, todos com base em ensinamentos para uma alimentação saudável.

Este programa foi sugerido, estudado e implementado no nordeste brasileiro com muito sucesso e é um excelente incentivo para expandir no nosso pais em todas as escolas, creches e jardins de infância. Desde sempre a envolvencia com a realidade do que chega à nossa mesa se perdeu com os movimentos citadinos e a migração para estes centros.

Alimentação escolar adequada, saudável e com produtos da agricultura familiar

A alimentação escolar adequada afeta a educação, a saúde, a agricultura local, o desenvolvimento social, a consciencialização, a tomada de decisões adequadas com vista a protecção do meio ambiente, entre outras com
vista ao crescimento de crianças e jovens mais saudáveis e conscientes do mundo em que vivem para que possam assim formar-se e decidir com olhos bem aberto face as realidades que os circunda.

O aparecimento do programa das Escolas Sustentáveis foi desenhado com o objetivo de implementar a alimentação escolar sustentáveis e tudo o que isto envolve e desenvolve, atividades diversas com a participação e envolvimento da comunidade escolar, a adoção de menus escolares saudáveis e equilibrados, a construção e participação dos alunos nas hortas escolares pedagógicas (algumas delas com lugar para aulas de matemática e organização de ações de educação alimentar e nutricional que são executadas no próprio estabelecimento, envolvendo pais e mães e filhos, professores e directores de escolas), alteração no preparo dos alimentos, redução das despensas na compra dieta de produtos, suporte e expansão de e junto da agricultura familiar local para a alimentação escolar.

A horta escolar tem a finalidade de facilitar a aprendizagem dos estudantes de maneira lúdica, saudável e social, articulada com as diversas áreas do conhecimento. Quer com estas motivações orientar os estudantes para que melhoria dos hábitos alimentares e a criação de uma nova cultura alimentar mais adequada e saudável.

Benefícios

As estratégias para melhorar as condições actuais e superar a pobreza devem ser efectuadas com o envolvimento da comunidade local.

- A alimentação escolar como ponto catalisador para acções de cooperação locais.
- Métodos para melhoria alimentar e nutricional.
- Responsabilização local dos diversos organismos cívicos.
- Despertar sobre a realidade local e incentivo a aplicação de meios úteis e de espectro futuro.
- A oferta de alimentos aos mais desfavorecidos.
- Modernização das escolas

Tudo boas razões para apoiar e receber de braços abertos este programa.

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