O eczema atópico caracteriza-se por secura crónica da pele, com descamação e rubor, acompanhada de prurido (comichão). Nas crianças mais pequenas, as lesões surgem na cabeça, face e, por vezes, apenas atrás das orelhas e nas superfícies extensoras dos membros. Já nas crianças mais velhas as lesões tendem a localizar-se nas superfícies de flexão, como atrás dos joelhos e na frente dos cotovelos.
O eczema atópico está muitas vezes relacionado com a sensibilização (produção de anticorpos IgE) a alimentos que foram introduzidos precocemente na alimentação do bebé, como o leite de vaca, o ovo e o peixe. A explicação é dada por Elisa Pedro, Médica Imunoalergologista e Chefe de Serviço do Hospital de Santa Maria.
Um dado curioso é que cerca de 40 a 60% das crianças que sofre de eczema acabam por sofrer também de rinite e/ou de asma. «É aquilo a que se chama de “Marcha atópica”», explica Elisa Pedro, também vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).
Dados do estudo ISAAC (International Studies of Asthma and Allergies in Childhood), referem que «a prevalência de eczema atópico em Portugal é de 17%, tendo vindo a aumentar nas últimas décadas».
Texto: Sofia Patrício
Edição: Ana Margarida Marques
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