Segundo a imprensa britânica, Harry, de 39 anos, reagiu depressa ao anúncio da doença do pai na segunda-feira, descoberta durante a hospitalização para uma operação da próstata no passado dia 26 de janeiro.
Segundo o Mirror, o Príncipe Harry já está no Reino Unido. Meghan e os dois filhos ficaram nos Estados Unidos.
"Chegou a hora de Harry voltar para casa?", pergunta o Daily Mirror que, como a maioria dos jornais britânicos, dedicou, esta terça-feira, muitas páginas a uma possível reconciliação em tempos difíceis para a monarquia britânica.
Pouco se sabe sobre a natureza e gravidade do cancro do rei, de 75 anos, embora o primeiro-ministro conservador Rishi Sunak tenha afirmado à BBC que a doença foi "detetada cedo".
O diagnóstico é revelado enquanto a princesa Kate, esposa do outro filho, William, herdeiro da coroa, recupera de uma misteriosa operação abdominal.
A repentina doença do rei deixa a rainha Camilla, de 76 anos, e William, de 41, encarregados de representar publicamente a monarquia, cujo círculo vem se reduzindo nos últimos anos com a partida de Harry para os Estados Unidos e o afastamento do príncipe André, irmão de Carlos III, após acusações de agressão sexual a uma menor, que ele nega.
Há um ano, ambos perderam os seus papéis como possíveis substitutos de Carlos III em caso de ausência ou doença, ao deixarem de ser "membros ativos" da família real britânica.
A última visita ao Reino Unido do duque de Sussex, título oficial do príncipe Harry, foi em junho de 2023, para assistir a um dos vários julgamentos de jornais sensacionalistas, aos quais responsabiliza pela morte da sua mãe, ao fugir dos 'paparazzi' em 1997, e pelo recente assédio à sua esposa Meghan.
Na sombra
As relações estão tensas também entre Harry e o irmão William. Ambos, que tinham 14 e 12 anos quando a princesa Diana morreu, costumavam ser muito unidos.
O distanciamento ficou mais evidente após o casamento de Harry com a atriz americana Meghan Markle, num contexto de pressão constante da imprensa sensacionalista britânica.
O casal renunciou a suas obrigações oficiais para viver nos Estados Unidos em 2020, criticando duramente a monarquia britânica em entrevistas e em uma série documental da Netflix.
No seu livro "Na Sombra", o príncipe Harry é especialmente crítico com o irmão e relata a sua frustração por ter sido a sua "sombra, (seu) suplente, (seu) plano B".
Durante uma entrevista concedida à influente apresentadora americana Oprah Winfrey, Harry e Meghan afirmaram que um membro da família real questionou a cor da pele do filho Archie, iniciando um debate sobre o racismo no país e na monarquia.
No início de dezembro, os nomes do rei Carlos III e da princesa Kate foram mencionados no contexto desta conversa na versão holandesa de um novo livro sobre os Windsor, rapidamente retirado da venda por sua editora, devido a um "erro de tradução", informou a imprensa britânica.
A última vez que os príncipes William e Harry apareceram juntos foi em setembro de 2022, com as esposas, após a morte de Isabel II.
Comentários