Júlio Magalhães esteve esta sexta-feira, 19 de novembro, no programa 'Dois às 10', onde conversou com Cláudio Ramos e Maria Botelho Moniz sobre a sua saída da televisão - embora que temporária - após ter deixado o Porto Canal.

Sobre esta fase, o jornalista acabou por fazer um desabafo, notando que sentiu que algumas pessoas de quem era próximo se afastaram.

"Gostamos muito de aparecer na televisão, é viciante para nós (...) Quando sais do ecrã, deixas de existir. A verdade é que deixo de servir o Porto Canal em janeiro, deixei de existir. Tive muita gente que nunca mais me ligou, nunca mais me telefonou, muitos amigos... nunca mais", confessa, deixando os apresentadores surpresos.

"Temos a nossa família, os nossos amigos e depois para o resto somos aquilo que representamos e nada. (...) Não fiquei magoado, é assim a vida. Não há volta a dar. Não foi só assim comigo", evidencia.

"Houve pessoas que agora mais recentemente me começaram a ligar e eu fazia a mesma coisa com todos e perguntava 'quem fala?'", nota, lembrando que trocou de telemóvel.

"Foram aqueles que não me ligaram durante tantos meses e que agora voltaram. As pessoas são assim. Se calhar já fiz isso com alguém. Andamos aqui a correr de um lado para o outro, estamos sempre preocupados connosco", defende, não querendo fazer julgamentos.

"Senti na pele uma coisa que nunca tinha sentido. Estou há 30 anos no ecrã, nunca tinha saído. (...) Não ligavam e eu percebo disso... com alguns constrangimentos. Não ligavam porque provavelmente pensavam que não tinham um convite para me fazer. Percebo este constrangimento. Não tinha de ser convidado para nada. Tínhamos era de ter continuado a falar por sermos amigos", afirma.

Recorde-se que Júlio Magalhães irá regressar ao pequeno ecrã, desta vez na CNN.

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