Cristina Ferreira foi a primeira convidada do programa 'CNN Entrevistas' que estreou este sábado, 1 de fevereiro.

A apresentadora da TVI foi confrontada com várias perguntas, nomeadamente do foro profissional e político.

A entrevista, transmitida na CNN Portugal, foi conduzida por André Carvalho Ramos, que chegou a questionar Cristina Ferreira sobre uma possível candidatura à Presidência da República.

"Em relação ao cargo de Presidente da República, até ao dia em que morrer não te vou dizer que não vou ser candidata, porque não sei se o vou fazer ou não", rematou a diretora da TVI.

"Mas uma coisa eu deixo-te aqui: Se eu um dia pensar em me candidatar, se um dia fosse eleita, eu iria tentar ser a melhor Presidente da República deste país", respondeu assertivamente.

Mais à frente na entrevista, André Carvalho Ramos questionou a diretora da TVI "qual foi o seu maior erro até hoje", pergunta à qual Cristina Ferreira respondeu que "não tinha nenhum".

Porém, salientou o facto de "algumas pessoas considerarem um erro tremendo" a sua passagem da SIC para a TVI.

"Para mim, não foi [...]. Eu disse muitas vezes, nos olhos até de pessoas que me amam profundamente: 'Nem que eu tivesse ficado sem nada. Aquela foi a minha escolha'", esclareceu Cristina convictamente.

O jornalista prosseguiu com este assunto e perguntou à sua convidada se, com o processo agora terminado, considera que a decisão do tribunal foi justa para si.

"Para mim, óbvio que não foi. Não foi justo sequer o processo ter existido, porque houve, da minha parte, desde o início, uma assunção e uma vontade de cumprir aquilo que estava estabelecido. Sinto que, dessa forma, eu teria honrado todos os meus compromissos", começou por explicar.

"Muito recentemente, quando foi a transferência do Ruben Amorim, eu revi-me muito nas reações e naquilo que foi dito em relação a um homem que, no futebol, decide quebrar um contrato no local onde toda a gente diz que ele estava a ser incrível. Num sítio onde era impossível ele não estar feliz e ele muda. E aquilo que disseram foi: 'Que grande treinador, ele vai à procura do que é o melhor para ele e do que quer para ele'. Sabes quantas pessoas disseram isso em relação a mim? Muito poucas", revelou.

"É assim que tu percebes que ainda há uma diferença entre áreas da sociedade, que ainda há uma diferença entre ser homem e ser mulher. E eu, para o bem e para o mal, sou uma das mulheres mais mediáticas deste país", concluiu.

Veja a entrevista completa aqui.

Recorde-se que, em setembro de 2020, a SIC deu entrada com um processo contra Cristina Ferreira, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, na sequência da saída do canal do grupo Impresa conhecida em 17 de julho de 2020, altura em que foi anunciado que iria regressar à TVI (de onde saíra cerca de dois anos antes) passados dois meses como diretora e tornar-se acionista da Media Capital.

Num comunicado enviado à imprensa no dia 11 de dezembro, foi revelado que "após negociações construtivas", "a SIC, a empresa Amor Ponto e Cristina Ferreira" chegaram a acordo. A batalha judicial entre a apresentadora e a estação da Impresa tinha, assim, chegado ao fim.

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