Sara Matos está atualmente em cena com a peça de teatro 'SUGGIA - Concerto Para Dois Violoncelos' e foi precisamente a propósito deste espetáculo que recentemente conversou com o Fama ao Minuto.

A atriz falou-nos sobre como tem sido dar vida a Guilhermina Suggia, violoncelista portuguesa mundialmente famosa, e assumiu estar a viver "uma experiência bonita e transformadora".

Quanto ao futuro, Sara Matos contou-nos que fará em breve uma necessária pausa e revelou que tem planos para voltar a trabalhar fora de Portugal. Uma novidade que surge depois de ter dado cartas na coprodução luso-espanhola 'Ponto Nemo'.

Em breve farei uma pausa necessária e, no final do ano, voltarei a trabalhar fora de Portugal

'Suggia' está em cena até ao dia 8 de junho no Teatro Experimental de Cascais. A experiência de dar vida a Guilhermina Suggia encontra-se, por isso, a meio. Como tem sido para a Sara abraçar este projeto?

Uma experiência bonita e transformadora, como todas as experiências, quando decidimos abraçar novos projetos de forma genuína e curiosa. Estou rodeada de atores que admiro, com os quais existiu desde o primeiro dia a disponibilidade para conversar e com quem aprofundar sobre o trabalho foi urgente.

Uma mulher muito à frente do seu tempo que me faz pensar que não tenho nem metade da coragem dela

Quando surgiu o convite disse imediatamente que sim?

Sim! Gosto muito do teatro. Gosto muito de trabalhar com a minha família TEC [Teatro Experimental de Cascais], e já queria muito trabalhar com a Rita Calçada Bastos como encenadora. E, claro, é sempre uma oportunidade de conhecer pessoas novas, como o caso do Pedro Lacerda [ator que faz parte do elenco, bem como Sérgio Silva, Teresa Côrte-Real e a violoncelista Beatriz Almeida].

Quais os maiores desafios para a preparação deste espetáculo?

Sair mais uma vez de mim e ouvir, ouvir de forma mais aberta possível, sem ficar presa a preconceitos meus e julgamentos.

A Sara já conhecia a história e música de Guilhermina Suggia?

Tinha ouvido falar no nome, mas não sabia que era uma figura incontornável no panorama musical mundial. Uma mulher muito à frente do seu tempo que me faz pensar que não tenho nem metade da coragem dela.

Esta peça de teatro exige uma grande entrega emocional. Qual o truque para sair de palco e libertar-se de toda esta avalanche de emoções?

Os truques que uso são a formação que tive. Há muito tempo que aprendi com os meus mestres a importância de saber abrir e fechar gavetas emocionais quando o espetáculo termina.

Tem sido particularmente exigente estar em cena nesta fase da sua vida pessoal e profissional?

É sempre exigente porque sou uma mulher exigente. Mas há medida que vou amadurecendo percebo também que a minha maneira de lidar com isso vai-se tornando mais fluída e saudável, felizmente.

Quais os planos para o futuro próximo? Alguma novidade a caminho no que toca a novos projetos?

Estou neste momento a protagonizar uma série que me está a dar muitos momentos prazerosos. Continuo a sentir que sou uma mulher felizarda por fazer o que mais me apaixona. Em breve farei uma pausa necessária e, no final do ano, voltarei a trabalhar fora de Portugal e estou entusiasmada com isso.

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