A Associação SORRIR tem como missão promover e salientar a importância de sorrir para a saúde, não pela ausência de doença, mas enquanto bem-estar físico, mental e emocional.

O movimento O MAIOR SORRISO DO MUNDO nasce em 2013 para reforçar esta mensagem e representa alegria, amor, saúde e bem-estar.

Figuras públicas e empreendedores aderiram à causa e partilharam os seus testemunhos. Conheça a história de Cristina Louro.

O que é que a faz sorrir?

Cristina Louro: Ver que as pessoas podem viver melhor, que no dia-a-dia conseguem sobreviver. Quando vejo que uma família consegue um emprego, ou um apoio, ou que as crianças tenham uma vida melhor, para mim isso são pequenos sorrisos que me fazem sorrir e é isso que me motiva a vir para a Cruz Vermelha todos os dias como voluntária.

Qual a importância do sorriso no seu trabalho?

Cristina Louro: O sorriso é muito importante em todas as situações porque é algo que acolhe as pessoas, quando encontra uma família que já não pode sorrir e que só tem força para chorar, é isso que nos toca mais. Sorrir para nós é o nosso dia-a-dia para tentar contrariar isso.

Que conselho tem para os portugueses que perderam o sorriso?

Cristina Louro: Eu acho que o sorriso também significa esperança. É muito difícil com a barriga vazia dizer aos portugueses para terem esperança, mas todos os dias há pessoas e famílias que conseguem sair da situação em que estão com uma pequena ajuda. Eu acredito que se os portugueses forem um pouco mais positivos e se sorrirem um bocadinho todos os dias, se pensarem que conseguem, eu acho que vão mesmo conseguir. Conheço bem as famílias que vêm aqui à Cruz Vermelha, de Norte a Sul de Portugal. Eu sei que temos a possibilidade de fazer sorrir famílias e crianças e isso é fabuloso. Os portugueses deviam acreditar mais neles, nos seus valores, nas capacidades que têm, nas possibilidades do país e fazer sorrir os outros.

Como é que funciona o projecto “ Portugal mais feliz” da Cruz Vermelha?

Cristina Louro: Nós construímos um projecto para as famílias mais carenciadas, mas hoje em dia temos famílias com carências que não são as que existiam antigamente, são pessoas que de repente um ou dois membros da família perderam o emprego ou que ficaram doentes e com outros problemas que não as deixam sorrir. Este projecto ajuda as pessoas quer a montante ou jusante da sua situação. O primeiro passo é irem a uma delegação da Cruz Vermelha dizerem que estão com uma necessidade, também trabalhamos no sentido de ajudar as pessoas a não terem vergonha de pedir o subsídio a que têm direito nos organismos públicos. Trabalhamos todo o aspecto na integração de uma pessoa na comunidade, na família e no emprego. Até estarem completamente inseridas na comunidade não as largamos, e isso faz-me sorrir, saber que alguém arranjou um emprego ou alguém que não tinha casa e conseguiu arranjar uma, tudo isso são alegrias que me fazem vir para aqui todos os dias para a Cruz Vermelha porque acho que as famílias merecem.

Também fico muito contente quando arranjo patrocinadores. São extremamente importantes. Quando sei que há uma empresa grande que nos vai ajudar com o “Portugal mais feliz” ou a Cruz Vermelha noutro aspecto, para mim é uma alegria enorme, porque sei que são muitas famílias que nós vamos poder ajudar e isso faz-me sorrir, ter dinheiro para quem precisa.