Sorrir é essencial para a saúde física e para a saúde mental, apesar disso é frequente alguns de nós sentirem pouca vontade de sorrir, sentirem que o melhor seria estar isolado e procrastinar o dia todo, numa sensação próxima de uma ‘anestesia’ em relação à vida.
Nesses dias, sorrir torna-se difícil e quando sorrir se torna difícil, não devemos focar-nos apenas no aqui e no agora, mas sim, olhar de forma geral para todo o nosso percurso de vida e para tudo aquilo que de forma geral está a contribuir para a nossa incapacidade de sorrir, no fundo, para a nossa incapacidade de sentir alegria no dia a dia.
Para o fazer é essencial, olhar para algumas áreas da nossa vida, das quais destacamos:
1. As relações
As nossas relações alavancam ou bloqueiam grande parte dos nossos melhores lados. São as relações que nos prendem à vida, que nos dão estrutura, suporte e bem-estar. Por isso, independentemente de sermos seres mais ou menos sociais, quando se trata de olhar para o nosso bem-estar e para a nossa vontade de sorrir, olhar para a qualidade das nossas relações é sempre prioritário.
2. A profissão
Na idade ativa, a profissão ocupa uma parte significativa da nossa vida, sendo por isso, fundamental que esteja alinhada com os nossos valores, as nossas características e as nossas competências. Os problemas do mundo profissional são muitas vezes responsáveis pela falta de alegria no dia a dia e pela falta de vontade de sorrir.
3. O amor próprio
A nossa essência, aquilo que realmente somos e aquilo que sentimos em relação a nós próprios, dá-nos ou não a energia de que precisamos para enfrentar o dia com um sorriso. Por isso, a forma como nos amamos e nos valorizamos a nós próprios é absolutamente determinante para a nossa performance e bem-estar. Neste sentido, se sorrir se torna difícil, é essencial equacionar o que é que em nós próprios pode estar a condicionar a nossa relação com o nosso interior e o nosso amor próprio.
Perante tudo isto, não nos esqueçamos que se formos capazes de enfrentar o dia com um sorriso, mais facilmente ultrapassamos os obstáculos e nos mantemos alinhados com os nossos objetivos. Por isso, sempre que sentir que o sorriso começa a ser uma ausência no seu dia a dia, retire tempo para refletir acerca de si próprio, das suas relações e da sua profissão, para a partir daí, inverter o processo menos positivo em que pode estar a deixar-se envolver.
Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.
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