Qualquer jornalista da imprensa cor-de-rosa gostaria de poder falar com Shakira, uma das figuras mais mediáticas, sobretudo nos últimos meses, em todo o mundo. A separação de Piqué, o aumento exponencial da popularidade e os mais recentes êxitos musicais são alguns dos temas que foram abordados nesta entrevista da cantora colombiana, dada ao programa 'Primer Impacto', da Univisión, que está a ser considerada um verdadeiro 'furo' pela imprensa internacional.

Foi Alejandra Espinoza que conseguiu a confiança de Shakira num momento em que a artista pouco ou nada tem dito sobre a sua vida, tanto no plano pessoal, como no profissional. O sofrimento sentido nesta fase particularmente difícil, marcado pela alegada traição que ditou o fim da relação de 12 anos com o ex-jogador, tem sido espelhado em novas músicas, embora estas pudessem nunca ter 'visto a luz do dia'.

"Muitas pessoas à minha volta, da minha equipa, diziam: 'tu não vais lançar essa música, mas em que é que tu estás a pensar? Tens de mudar a letra'. Não sou funcionária das Nações Unidas ou funcionária pública, sou uma artista e tenho de me expressar, expressar o que sinto. Essa liberdade de expressão não é negociável", fez notar Shakira, sublinhando que optou ignorar estes conselhos.

A decisão, no entanto, converteu-se num grande sucesso. Repetida inúmeras vezes na rádio, a parceria de Shakira com Bizarrap soma mais de 585 milhões de visualizações no YouTube, tornando-se um dos temas mais ouvidos do ano (que ainda agora vai a pouco mais de meio).

Depois, a artista lançou mais dois singles que, também eles, se traduzem em mensagens que a mesma gostaria que chegassem a Piqué. 'TQG', com Karol G, e 'Copa Vacía', dueto com Manuel Turizo não precisaram de muito tempo para 'correrem' o mundo. Nada arrependida, Shakira explica que estas manifestações artísticas são "um reflexo" do seu "mundo interior".

Mas, será que Shakira quer ser um símbolo de empoderamento para as mulheres? Essa foi uma das perguntas de Alejandra Espinoza, que mereceu a seguinte resposta: "Sinto-me representada por muitas mulheres. Sei que há muitas mulheres que se identificam comigo mas o sentimento é recíproco. Sinto-me numa irmandade composta por tantas mulheres que passaram pelo mesmo do que eu ou por situações até piores, de todo o tipo". Ainda em relação a este tema, a artista deixou claro que, na sua opinião, as mulheres enfrentam "todos os tipos de obstáculos", embora se recusem a desistir quando os problemas aparecem.

Sem esquecer o apoio dos fãs, que diz serem "os melhores do mundo" porque a conhecem, defendem e apoiam, Shakira fez notar ainda que agora se sente "mais mulher". Destacou que tem como objetivo "continuar a crescer" para poder ajudar mais pessoas que precisam de apoio.

Vale lembrar que a cantora criou, no fim dos anos 90, uma fundação chamada 'Pés Descalços', focada em ajudar crianças necessitadas da América do Sul. Também sobre esta organização falou Shakira, justificando a origem da mesma: "Surgiu das minhas próprias vivências. Nasci, cresci e vivi num país onde existe uma grande desigualdade. Há pouca gente que tem muito e muita gente que tem pouco ou nada. Sempre tive a necessidade de fazer algo em relação a isto".

Abaixo poderá ver a entrevista completa de Shakira ao programa 'Primer Impacto'.

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