Sinónimo de repouso para uns e de aventura para outros, as férias são
a oportunidade de conhecer novos destinos.
Mas prepará-las não se limita
a ter de fazer a mala e verificar os passaportes. A sua saúde também precisa
de estar pronta para os riscos que podem surgir.
Leia o guia que se segue
e, antes de partir, informe-se com o seu médico ou faça uma consulta de
Medicina do Viajante. Recorde-se que a gravidez, bem como as crianças e
idosos, requerem cuidados especiais. E vá de férias descansada...
Malária (Paludismo)
Trata-se da principal doença tropical e, a nível
mundial e a segunda doença infecciosa mais
mortal. É uma patologia sazonal que aumenta
durante a estação das chuvas em zonas húmidas
e quentes e transmite-se pela picada de
fêmeas do mosquito Anopheles.
Zonas de risco
Sem profilaxia, o risco
é mais elevado na África sub-Sahariana e
Oceania, intermédio no sul da Ásia e relativamente
baixo na América do Sul e sudeste Asiático.
As actividades a realizar, a época do ano
e a altitude também inf luenciam o risco.
Como prevenir
Pode proteger-se da
picada. usando roupas compridas, repelente
de insectos e redes mosquiteiras impregnadas
e do desenvolvimento da doença, com medicamentos
antimaláricos, indicados pelo médico.
Com a maioria dos farmácos, a profilaxia
inicia-se na semana anterior à viagem, mantém-se na estadia e termina no fim da quarta
semana após o regresso.
Sintomas
O acesso simples começa por febre
e calafrios. Quando baixa surge uma sensação
de calor e transpiração intensos, acompanhada
de dores de cabeça fortes, falta de força, apetite,
dores musculares e articulares. A febre é
o sintoma mais importante e está presente em
mais de 90 por cento dos acessos.
Como tratar
É uma doença curável se
for rapidamente diagnosticada e tratada.
Deve procurar observação médica imediata
se desenvolver febre a partir do sétimo dia
após o início da viagem ou depois da visita a
uma área afectada.
Não se esqueça
O mosquito que transmite
a malária pica sobretudo ao crepúsculo,
à noite e ao amanhecer. Reforçe as precauções
nestes momentos.
Veja na página seguinte: Hepatite
Hepatite É uma infecção viral que afecta o fígado. O primeiro é transmitido quando as Zonas de risco Como prevenir Para Sintomas No entanto, em 15 a 20 Como tratar Não se esqueça Veja na página seguinte: Cólera Cólera Trata-se de uma infecção intestinal pela Zonas de risco Está também Como prevenir Deve beber apenas água Sintomas As pessoas pertencentes Como tratar Caso hajam dificuldades na hidratação Não se esqueça Veja na página seguinte: Dengue Dengue Doença provocada por um vírus transmitido Há quatro Zonas de risco Como prevenir Sintomas Como tratar Não se esqueça Veja na página seguinte: Febre amarela Febre Amarela É uma doença comum nas regiões tropicais Pode surgir em zonas Zonas de risco Como prevenir Deve ser ministrada até dez dias antes da Sintomas Nas fases mais avançadas Como tratar Não se esqueça Veja na página seguinte: Febre Tifóide Febre Tifóide Doença causada pela bactéria Salmonella typhi Zonas de risco Como prevenir As precauções alimentares Sintomas Como tratar Não se esqueça Veja na página seguinte: Diarreia Alerta A diarreia Não chegue à refeição com fome. Perde a Não coma saladas, alimentos crus e fruta que não Coma carne, peixe e marisco confeccionados de Tenha uma reserva alimentar no quarto, para comer Para saber qual a Texto: Manuela Vasconcelos com Jorge Atouguia (infecciologista)
Há seis tipos de vírus, sendo o A e o B os mais
comuns.
fezes entram em contacto com água ou alimentos
e infectam quem os ingere, o segundo
através de fluidos corporais (sangue, saliva,
sémen, secreções vaginais e leite materno).
A hepatite A é comum
em zonas onde os esgotos contaminam a água
canalizada. O risco depende da forma de transmissão
da hepatite, das áreas a visitar, do saneamento
e das actividades a realizar.
Evite água canalizada,
gelo, alimentos crus ou mal cozinhados e mantenha
contactos interpessoais seguros. A vacinação
pode ser indicada em caso de risco.
os viajantes que não possuem anticorpos para a
hepatite A nem para a hepatite B e que tenham
risco de contrair estas doenças existe uma vacina
única que protege contra ambas.
A hepatite A é uma doença benigna,
aguda e nunca evolui para a cronicidade.
A hepatite B é uma doença aguda e, na maioria
das vezes, autolimitada.
por cento dos casos o vírus mantém-se activo,
podendo provocar complicações hepáticas graves.
As pessoas que mantêm o vírus em circulação
podem transmiti-lo através dos seus fluidos corporais,
sobretudo sangue, sémen e secreções vaginais.
Não há tratamento específico
nas hepatites agudas. Utiliza-se terapêutica
de suporte e, sobretudo, evitam-se substâncias
que possam ser tóxicas para o fígado. Existe
medicação para a hepatite B na forma crónica,
sob estrito controlo médico.
As vacinas para a hepatite
requerem antecedência. Vá à consulta de medicina
do viajante um mês antes da viagem.
bactéria Vibrio cholerae que se transmite por
via oral-fecal, quando águas contaminadas
são consumidas ou entram em contacto com
os alimentos.
É uma patologia frequente
em regiões com saneamento básico
deficiente, o que geralmente acontece
em países africanos e asiáticos.
presente na América do Norte, Central
e nas zonas tropicais da América do
Sul. Pode ocorrer em surtos epidémicos.
Existe uma vacina que
tem uma eficácia de cerca de 65 por cento.
O viajante comum deve, sobretudo, ter
precauções de higiene.
engarrafada, evitar alimentos crus ou pouco
cozinhados, nomeadamente peixe e marisco,
e lavar as mãos frequentemente.
Destacam-se a diarreia intensa,
náuseas, vómitos e desidratação com risco
de morte. Muitos dos sintomas não diferem
da diarreia comum do viajante, senão
em termos de intensidade.
ao grupo sanguíneo O são mais
vulneráveis a esta patologia. Em caso de
suspeita deve procurar ajuda médica com
urgência.
Um reforço da ingestão
de líquidos é, por si, uma boa estratégia
para combater a doença logo desde o
início.
oral, pode ser necessário o internamento.
A toma de antibióticos pode também ser
recomendada.
Resista à tentação das
bebidas com gelo ou rodela de limão. É quanto
basta para ser contaminado.
pela picada de um mosquito (Aedes
aegypti) frequente nas zonas urbanas e que,
normalmente, pica durante o dia.
tipos diferentes deste vírus e é possível
contrair a doença mais do que uma vez.
América Central e
do Sul, Caraíbas, África Central e de Leste,
Austrália e Pacíf ico Sul, subcontinente
indiano e sudeste asiático.
Não existe vacina para
esta doença pelo que a melhor forma de
prevenir é usar repelente de insectos e calças
e camisolas de mangas compridas.
Febre, dores cabeça, dores
musculares intensas, náuseas, vómitos e
manchas avermelhadas no corpo. Os sintomas
podem surgir até 14 dias após a picada
pelo mosquito.
A forma mais comum da
doença cura-se espontaneamente em poucos
dias e requer uma maior ingestão de
líquidos e a toma de paracetamol. Casos
mais graves (febre hemorrágica da dengue)
exigem medidas médicas urgentes.
Em caso de doença, é
aconselhável evitar os analgésicos com ácido
acetilsalicílico, como a aspirina, dado o
risco de problemas hemorrágicos.
e transmitida pela picada do mosquito Aedes
aegypti (em África) e do mosquito Haemagogus
(na selva amazónica).
urbanas e na selva.
América Central e nas
zonas tropicais da América do Sul e de África.
Não existe febre amarela na Ásia.
Existe uma vacina que
confere imunidade por um período de dez
anos.
viagem. Caso não sejam vacinados, os viajantes
devem limitar o risco de picada do mosquito
através do uso de repelente, calças e roupa
de mangas compridas.
Esta doença é caracterizada pelo
aparecimento abrupto de febre alta, arrepios,
dores de cabeça, de costas e musculares, bem
como náuseas e vómitos.
surge icterícia e manifestações hemorrágicas.
A mortalidade é muito elevada.
O diagnóstico pode ser feito
através de testes laboratoriais e o tratamento é
apenas de suporte.
O comprovativo de
vacinação é obrigatório para entrar em muitos
dos países afectados por esta patologia.
presente na água ou alimentos.
Infecção cosmopolita,
mais frequente em regiões com deficiente
saneamento básico.
Existem duas vacinas
indicadas quando se viaja em regiões com
condições sanitárias deficientes, cuja eficácia
é de 50 a 90 por cento.
e higiénicas devem ser cumpridas.
Inicialmente pode assemelhar-se
a uma gripe ou constipação (febre, dores de
cabeça) a que se seguem dores abdominais,
obstipação e, em alguns casos, diarreia.
Esta doença pode ser muito
grave, obrigando o doente a ficar na cama
e a procurar ajuda médica. É sempre necessária
a toma de antibióticos.
Se tiver febre alta durante
mais de 48 horas procure assistência médica.
à mesa
é o inimigo mais
comum do viajante.
Previna-se!
capacidade de recusar um alimento em más
condições. E consuma apenas bebidas engarrafadas e abertas à
sua frente.
tenham sido preparados por si. Evite molhos, temperos ou pratos que disfarcem os
alimentos.
forma simples, para perceber, pelo cheiro ou sabor,
se estão em boas condições. Ingira a carne de aves e os ovos só quando forem
muito bem cozinhados.
algo caso não o faça à refeição. A maioria das diarreias do viajante resolvem-se
com hidratação e dieta. Alguns casos podem requerer
medicação, que deve ser indicada pelo médico.
consulta do viajante
mais próxima
da sua área de
residência, consulte o site
www.portaldasaude.pt
ou ligue para a linha
de informações do
Ministério da Saúde
(213 305 000).
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