Instalada no jardim da entrada do hotel, no Parque das Nações, Plastic Dragonfly faz parte da série Big Trash Animals, provavelmente o corpo de trabalho mais reconhecível do artista Bordalo II, sendo a primeira escultura a representar um inseto.

Feitos a partir de plásticos e outros materiais descartados, os Big Trash Animals representam animais de grandes dimensões e habitam fachadas um pouco por todo o mundo. Os animais são muitos e diferentes, mas a mensagem é apenas uma: “temos que alterar os nossos comportamentos consumistas e egoístas de forma a salvaguardar os habitats naturais de todas as outras espécies com quem compartilhamos o planeta”, refere Bordalo II. Em todo o seu trabalho, Bordalo II acaba por, ironicamente, utilizar os mesmos materiais que são muitas vezes a causa da destruição de ecossistemas e da morte dos próprios animais.

Uma libelinha gigante pousou em Lisboa. É a nova obra de Bordalo II
créditos: Divulgação

Inserida na subsérie Plastic (Neutral e Half Half são as outras duas), Plastic Dragonfly não tem pintura; os elementos estão a descoberto, permitindo-nos identificar mais facilmente os componentes do todo. Apesar dos plásticos terem o maior protagonismo, o artista utiliza materiais diversos e provenientes de diferentes origens, incluindo terrenos baldios e fábricas abandonadas. Desde para-choques, cordas e redes de pesca, mangueiras, caixotes do lixo, capacetes de obra, a cones de sinalização, em comum têm o facto de serem materiais descartados, em fim de vida.

Este novo projeto com Bordalo II reforça a relação criada em 2012, aquando da criação do Luxury, Art & Design Weekend — atualmente Art, Design & Wellbeing Weekend —, um evento que acontece anualmente no Martinhal Sagres, o primeiro hotel do Grupo. A relação com Bordalo II nasce com “Evilution”, a exposição individual do artista no United Lisbon Edu Hub, que contou com o apoio dos Stern.

Para o projeto artístico do Martinhal Lisbon Oriente e das Martinhal Residences, os Sterns, proprietário da marca, escolheram seis dos seus artistas portugueses preferidos — Graça Paz, Kruella d’Enfer, Pedro Batista, Tamara Alves e Bordalo II — com quem já tiveram oportunidade de trabalhar ao longo dos anos, para criar peças inéditas, reproduzidas ao longo de todo o edifício, em vários espaços públicos e privados, para serem usufruIdas por hóspedes e residentes.