A especialista em Botânica e formadora regular no Museu do Oriente, Fernanda Botelho, convida a conhecer e colher algumas das espécies saborosas, saudáveis e versáteis, de plantas e flores silvestres que podemos encontrar nos nossos jardins e quintais e acrescentar à nossa dieta alimentar, com benefícios para a saúde e para a economia doméstica.
Em três vídeos, Fernanda Botelho apresenta-nos chagas, ruscus e urtigas.
Considerada uma planta invasora, as chagas ou capuchinhas são muito versáteis. Com um travo picante, as suas flores são comestíveis e ricas em vitamina C e betacaroteno. As suas folhas grandes podem ser usadas em sopas ou como wraps e as sementes podem ser convertidas em deliciosos pickles, semelhantes a alcaparras.
Também conhecida como falso azevinho, ruscus aculeatus é uma planta mediterrânica silvestre com propriedades medicinais e os seus rebentos semelhantes a espargos e com um travo ligeiramente amargo. Mas atenção, as suas bagas vermelhas são tóxicas.
A terceira planta será talvez a mais familiar e mais injustiçada - a urtiga. Esta planta silvestre, comestível e medicinal, é rica em ferro e ideal para tratar anemias. Versátil, pode ser usada em chás, sopas, batidos, omeletes ou risotos.
Os caules mais fibrosos ou partes descartadas desta “planta de sobrevivência” podem ser convertidos em fertilizante ou usados no tratamento de fungos noutras plantas.
Mas nada como assistir aos vídeos de Fernanda Botelho e organizar uma expedição em família para identificar e apanhar estas espécies.
Da Tailândia chega um conto sobre dois pescadores
Da Tailândia chega-nos um conto tradicional sobre dois amigos pescadores, Ta-In e Ta-Na. Habituados a pescar juntos, um desentendimento leva-os a perceber o valor da solidariedade. Tal como noutros países, os contos tradicionais da Tailândia transmitem valores e princípios e a moral desta história frisa a importância da partilha e condena o egoísmo.
Contada por Susana Mendonça, monitora do Serviço Educativo do Museu do Oriente, a história gira em torno de um peixe, o que dá o mote para a atividade proposta: a construção e desenho de peixes, em família.
Para tal, sugere-se a reutilização de materiais de desperdício, como rolos de papel e embalagens de cartão, pintadas ou decoradas com folhas coloridas ou retalhos de tecido para fazer as escamas e barbatanas. Com a aplicação de alguns clipes, e um pouco de criatividade, quem sabe não se poderá criar um jogo da pesca?
Desafio divertido: recriar antigas fotos de família
Para celebrar a família propõe-se ainda um desafio divertido: recriar antigas fotos de família, nossas ou de outras famílias, de outros tempos e paragens. Esta é uma oportunidade de recordar a história da família, no tempo em que alguns membros eram mais jovens e outros talvez não tivessem mesmo ainda nascido.
Reparar nas roupas que se usavam, nos penteados, recordar a ocasião em que a foto foi tirada ou o acontecimento que registou. Se as roupas originais já não existem, teremos de encontrar algumas parecidas e se o local da foto não está acessível, será possível recriá-lo?
Se mergulharmos nos retratos, imagens e peças do acervo do Museu do Oriente, temos todo um outro mundo a explorar, com famílias do Japão à Índia, que metem deuses, animais fantásticos, crianças e adultos como nós.
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