Apesar de forçada a “manter o mesmo espaço do ano passado”, devido à preparação da Jornada Mundial da Juventude, como disse o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Pedro Sobral, na apresentação à imprensa da feira, o evento vai contar com a “maior oferta de sempre”.
Hoje, por exemplo, há assinaturas de autógrafos por Isabela Figueiredo, José Milhazes, Alice Vieira e João Pedro George, entre muitos outros.
Outro destaque da edição deste ano vai para o Plano Nacional de Leitura (PNL), representado pela primeira vez na Feira do Livro de Lisboa e com programação diária.
“Abrimos um consultório de leituras para leitores e não leitores, dos 0 aos 100. Todos os elementos da equipa PNL, incluindo a comissária e a subcomissária, vão sugerir livros para diversos estados de alma. Os que nos visitarem no auditório poente da Feira, entre as 18h00 e as 19h00, nos dias úteis, terão direito a um momento de diálogo, um poema para lerem e ouvirem e um folheto com sugestões de livros de ficção, não ficção e infantojuvenis”, revelou o PNL, em comunicado, esta semana.
Este ano, a Feira do Livro de Lisboa terá 139 participantes, mais de 980 chancelas editoriais e os mesmos 340 pavilhões da edição de 2022.
Para esta edição, são esperados também “muito mais escritores” e “mais autores internacionais do que no ano passado”, afirmou o presidente da APEL, que tem verificado um aumento da “proatividade nos escritores, que dizem ‘quero estar’ na feira”, em vez de simplesmente esperarem pelos convites.
Pedro Sobral espera, por isso, que este ano aumente o contacto com escritores e a afluência, que em 2022 se situou entre os 770 mil e os 790 mil visitantes.
Esta expectativa está diretamente ligada ao crescimento do mercado do livro, que se tem verificado desde 2021, e que no final do primeiro trimestre deste ano estava nos 12%.
“Além da recuperação [pós-pandemia], há uma alteração nos hábitos de leitura. Portugal é dos países com piores índices de leitura, mas há um crescente interesse na compra de livros para leitura própria”, quando, tradicionalmente, a maioria dos livros comprados eram para oferta, indicou o responsável.
Pedro Sobral adiantou que está a ocorrer um “movimento de novos leitores, na faixa dos 18 aos 30 anos, muito alavancado pelas redes sociais”.
A “Hora H” mantém-se, mas os horários da feira vão sofrer uma ligeira alteração: em vez de fechar às 00h00, passa a fechar às 22h00, nos dias de semana, e às 23h00 às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado.
Ao fim de semana, o horário de abertura é às 11h00, enquanto à semana a feira abre às 12h30.
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