Entrar na casa das pessoas e proporcionar-lhes uma experiência olfativa única. É isto que a Ding Dong, considerado um dos ateliers de design de interiores e arquitetura mais reconhecidos do país, pretende com o lançamento da sua nova linha de fragrâncias para interior.
O ponto de partida para a criação da Welcome Home Fragrance foi um cheiro muito especial para os sócios: o aroma distintivo da sua loja. "É um cheiro que nos acompanha desde o início e depois os clientes de projeto começaram a pedir para ter o mesmo cheiro em casa", explica Michael Miranda, arquiteto e diretor criativo, durante o evento de apresentação desta linha composta por uma vela (, um home spray e, em breve, um difusor elétrico.
"No Porto as pessoas entravam na loja e diziam 'Gosto tanto do vosso cheiro' e nós ficávamos felizes porque era uma marca para nós. Aqui em Lisboa acontecia uma coisa muito curiosa: tínhamos o mesmo cheiro e quando as pessoas passavam na rua, principalmente os adolescentes, diziam 'Já cheira a Ding Dong' e começamos a perceber que era uma característica", adiantou Davide Gomes, diretor financeiro e engenheiro, que, rapidamente, percebeu o potencial deste produto para casa.
Da ideia à concretização passaram alguns anos. 'Complexo' é o termo usado pelos fundadores para descrever o processo de criação da fragrância que dispensou associar-se a um mestre perfumista uma vez que ambos tinham uma ideia muito definida daquilo que pretendiam. "A essência foi feita por uma empresa portuguesa com a colaboração de uma empresa francesa, em que uma fez a vela e a outra fez o spray", explica o arquiteto ao SAPO Lifestyle, sobre este produto que foi lançado para assinalar uma ocasião muito especial: o 10º aniversário da marca.
A Home Fragrance, que evocaé composta por três notas distintas: o. "É uma fragrância muito simples. Não queríamos nada que se impusesse", refere ainda sobre o aroma cuja embalagem tentou seguir um design o mais clean e simples possível.
O home spray tem a particularidade de ser multifunções, podendo ser usado tanto dentro como fora de casa e até aplicado diretamente na pele, como se de um perfume se tratasse. "Nós temos o hábito, e gostamos muito, de pegar nele, pôr na mala e andar no carro", adianta o engenheiro, que também partilha uma dica preciosa para um carro perfumado: aplicar um pouco de spray nos tapetes.
Apesar de não estar nos seus planos apostar em mais aromas, a verdade é que a marca não põe de parte uma eventual expansão desta linha de produtos.
Ding Dong, uma história que se divide entre Porto e Lisboa
A zona da Foz foi o berço da Ding Dong local onde, desde em 2012, os sócios têm sediados o seu atelier e showroom. Apesar de os projetos residenciais e corporativos serem o seu core business, este ano a marca conclui aquele que foi seu primeiro projeto na área de hotelaria: o Boulevard Hotel, localizado numa das zonas mais icónicas do Porto, a Avenida dos Aliados.
"Esforçámo-nos para que não fosse mais um hotel. Os quartos eram muito pequeninos e nós pensamos 'Vamos fazer o melhor quatro estrelas do Porto'. Todos os quartos são diferentes, ou seja, pode-se ir para o hotel e ficar várias vezes porque [cada um] tem experiências diferentes. Eles gostaram tanto que decidiram fazer cinco estrelas", explica David Gomes, em entrevista, sobre este desafio que juntou as duas grandes valências da Ding Dong: os projetos de interiores e de arquitetura.
Outros dos destaques da empresa é a sua vertente tailor made que nasceu de uma necessidade muito concreta dos projetos de interior e pela dificuldade de a dupla encontrar móveis com as proporções e dimensões certas para determinados espaços. Assim, o atelier idealiza e os seus desenhos ganham forma pelas mãos de um conjunto de artesãos do Norte do país. Em 2019 decidiram abrir a sua primeira loja em Lisboa, a Ding Dong Store, com um objetivo muito específico: dar a conhecer ao público alguns dos produtos da sua autoria. "Muitos dos móveis são desenhados por nós para projetos específicos e queríamos ver como é que eles poderiam funcionar com vida própria", explicou Davide Gomes, diretor financeiro e engenheiro, sobre estas peças, que podem ir do mobiliário aos têxteis, e que convivem com uma seleção cuidada de outros objetos decorativos com personalidade e oriundos dos quatro cantos do mundo. "Estamos sempre à procura de artistas que achamos que deveriam ter visibilidade e não têm", acrescenta Michael Miranda.
De forma a descentralizar os seus produtos da capital, a dupla aproveitou a pandemia para se dedicar, de corpo e alma, ao projeto da sua loja no Norte do país, a Ding Dong cuja inauguração teve lugar no passado dia 1 de outubro. Durante os últimos dois anos decidiram transformar um antigo armazém de conversas, junto ao Porto de Leixões, num espaço onde os clientes portuenses pudessem ver ao vivo e cores as suas peças.
"Fizemos uma homenagem à rua, às putas e marinheiros. Fizemos uma caixa vermelha luxuriante, muito red light zone, para homenagear aquela zona à nossa maneira", afirma o diretor criativo sobre este local de 780 metros quadrados que concentra
A Welcome Home Fragrance by Ding Dong já está à venda nas lojas físicas da marca, em Lisboa e em Matosinhos.
Comentários