Esta é uma história de família com nome próprio. Dois irmãos criaram, em 1964, uma empresa de mobiliário maciço, dirigida ao mercado nacional. Os Móveis Carlos Alfredo Barros da Silva começaram com seis funcionários e, em 1980, contavam 60 pessoas e exportavam para Espanha e França. A companhia não parou de crescer, até que, em 2008, antecipando um cenário mais difícil, decidiu mudar a estratégia.
A ideia não era mudar o estilo rústico, mais clássico, e o saber de marcenaria, que tinha atraído os compradores desde a primeira hora, mas atrair nova clientela. «Reforçaram os quadros com profissionais do marketing, do design gráfico e de produto», conta Rafaela Carvalho, responsável de comunicação. O sangue novo trouxe um novo olhar e uma forma de comunicar e chegar a outros mercados. A par da casa-mãe, nasceu a WeWood Design Center, um projeto do departamento de investigação e desenvolvimento da empresa Móveis Carlos Alfredo.
Aqui conflui uma equipa multidisciplinar de designers, arquitetos e novos valores. Entre as criações resultantes, a secretária BS01 assinada por Bruno Serrão, um espaço de trabalho compacto e funcional, em carvalho francês 100% maciço, tornou-se o ex-líbris da marca conquistando prémios internacionais. Apenas com dois anos de existência, o bebé do grupo, criado em 2012, juntou-se à Portugal Brands para aproveitar a exposição internacional do movimento de marcas nacionais e assistiu ao crescente interesse asiático.
«Entre 40 a 50% das vendas» são feitas para esse e para o mercado americano e o europeu. O mercado nacional fica-se por uns tímidos «1 a 2%», diz Rafaela Carvalho. É a forma de fazer, que «dispensa parafusos, cola, apenas madeira com madeira», uma arte que suscita curiosidade. Ao mesmo tempo, a empresa-mãe acabou por beneficiar da projeção mediática da WeWood e, atualmente, tem uma equipa de 100 funcionários e exporta 90% da sua produção para França, Espanha, Inglaterra e Bélgica.
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