Stress, infertilidade, problemas musculares, hormonais, psicológicos, emocionais e, até, problemas neurológicos.
São inúmeras as áreas de aplicação da reflexologia facial, uma técnica terapêutica criada há cerca de 30 anos pela dinamarquesa Lone Sorensen, que atualmente dirige o Insituto de Reflexologia Facial Internacional, uma instituição de ensino autorizada pelo
Ministério da Saúde da Catalunha.
Com escolas em mais de 20 países, incluindo Argentina, Japão, Estados Unidos da América e Dubai, chega agora a Portugal, com formações dirigidas a terapeutas e pais.
Do rosto ao cérebro
O fundamento da reflexologia facial é o mesmo que o da reflexologia podal.
«Ambas estimulam as terminações nervosas, desencadeando reações físico-químicas em células nervosas e neurónios que fazem a condução elétrica até ao cérebro», refere esta especialista.
No entanto, a estimulação da face é mais vantajosa, explica Lone Sorensen. «O impulso gerado é muito mais forte ao chegar ao cérebro, porque as terminações nervosas não só estão mais perto deste órgão, como os impulsos têm o dobro da velocidade e são
mais eficientes do que os gerados pela estimulação dos pés».
O enfoque, acrescenta a especialista, «está no que se passa no interior do organismo», com o objetivo de atuar sobre as causas. «Nem sempre podemos curar, mas pelo menos conseguimos dar melhores condições de vida».
Visão holística
O método combina medicina oriental, técnicas de acunpuntura e neuroanatomia. Estas «técnicas básicas» são combinadas com 14 «adicionais», como o método Yamamoto, que Lone Sorensen refere ter aprendido com «um médico japonês especializado em danos cerebrais» em que são colocadas 16 agulhas sobre cada ponto estimulado.
A complementaridade, afirma, é uma garantia de eficácia. «As técnicas reforçam-se mutuamente porque uma atua no sistema respiratório, outra no circulatório, outra no sistema nervoso central, enquanto se aplicarmos uma que só atua num sistema e bloqueio estiver noutro, não obtemos resultados».
Para além de tratar, o objetivo é prevenir doenças e avaliar o estado de saúde global, por exemplo, identificando nódulos cujas diferentes configurações podem, segundo a criadora da reflexologia facial, ser associadas a diferentes tipos de desequilíbrios.
Método para crianças
Sorensen desenvolveu também a «tempranoterapia», um método dirigido a crianças que combina reflexologia facial, podal, manual, muscular, bem como terapia de escrita e de leitura. Dificuldades de aprendizagem, hiperatividade, dislexia e agressividade são
aplicações possíveis, bem como deficiência mental, danos cerebrais traumáticos e autismo.
Já disponível em países como Finlândia, Suécia e Dinamarca, chegará em breve a Portugal, através de formações dirigidas aos pais. «É feito um plano adequado a cada criança e a família aprende a executar as combinações necessárias para atuar na zona do cérebro desejada».
Texto: Rita Miguel com Lone Sorensen (criadora da Reflexologia Facial e fundadora e diretora do Instituto de Reflexologia Podal/Facial Internacional)
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