“If I can see it, then I can do it. If I just believe it, there's nothing to it. I believe I can fly, I believe I can touch the sky. I think about it every night and day, spread my wings and fly away. I believe I can soar. I see me running through that open door. I believe I can fly, I believe I can fly, I believe I can fly.”

Tradução: Se eu posso ver isso, então posso fazer isso. E se eu acreditar, nada me poderá impedir. Eu acredito que posso voar, eu acredito que posso tocar o céu. Penso nisto todos os dias e todas as noites, esticar as minhas asas e voar ... Eu acredito que eu posso elevar-me. Vejo-me a correr, atravessando uma porta aberta. Eu acredito que posso voar, eu acredito que posso voar, eu acredito que posso voar.

I Believe I Can Fly – R Kelly

Nós somos o que acreditamos Ser! E podemos acreditar que podemos voar. E podemos acreditar que nascemos sem asas. As crenças, aquilo que verdadeiramente acreditamos sobre nós, sobre os outros e sobre o mundo, negam ou potenciam o nosso poder pessoal. Se acreditares que não podes fazer alguma coisa, provavelmente não vais ter oportunidade de saber, porque provavelmente não vais fazer. As crenças actuam na nossa vida como profecias auto-realizáveis. Se acreditares que podes voar, voarás. Se acreditares que não tens asas, não sairás do ninho.

Henry Ford dizia: “Se você acreditar que consegue, ou que não consegue, em ambos os casos, você estará absolutamente certo”.

Uma crença é simplesmente um sentimento de certeza de que algo é real ou verdadeiro, e fundamenta-se na generalização da nossa experiência subjetiva. Muitas das crenças que guiam a nossa vida, formaram-se em momentos no passado e segundo uma visão limitada de nós próprios e do mundo à nossa volta. A família onde nascemos, a educação que tivemos, tiveram um papel fundamental no desenvolvimento do nosso sistema de crenças. Todos temos crenças que nos potenciam e crenças que nos limitam. Muitas das nossas crenças limitadoras constituíram-se na infância e nada tiveram a ver com as experiências em si, mas com a forma como por nós foram percecionadas e vivenciadas, de acordo com os recursos (poucos) que tínhamos disponíveis na altura.

Já alguma vez te perguntaste porque razão um elefante num circo está preso por uma simples corda amarrada a uma estaca? Porque razão não se tenta libertar? Olhando para o elefante não é difícil imaginar que bastaria começar a caminhar para arrancar a estaca. A resposta é simples; quando jovens, os elefantes são amarrados a uma estaca por uma corda forte que os impede de sair do lugar. Depois de várias tentativas falhadas para se libertarem, os jovens elefantes aceitam que não podem. E assim permanecem na vida adulta, ficam condicionados pela experiência que tiveram em jovens.

Veja na próxima página a continuação do artigo.

O mesmo acontece connosco. Estamos condicionados por muitas cordas e estacas. Algumas dessas cordas têm as suas estacas em experiências simples com colegas de escola, coisas de miúdos, diríamos agora adultos. Mas, muitas vezes, são essas coisas de miúdos que estão gravadas na nossa memória inconsciente, e que diminuem a nossa auto-imagem.

Outras, estão presas a alguma altura em que a nossa mãe, o nosso pai, ou alguém importante para nós, nos disseram que não éramos capazes de fazer alguma coisa. E nós acreditámos. A própria época em que crescemos tem um papel fundamental nas nossas crenças. Olhem por um momento para os dias de hoje e imaginem as crenças que estamos a cimentar nas nossas crianças... Dificuldades, sacrifícios, crise… Embora estejamos conscientes de muitas das nossas crenças, na maioria das vezes as que nos limitam não estão à superfície e, por isso, detetá-las é um passo importantíssimo.

Uma mudança nas nossas crenças pode ter um impacto enorme na nossa vida. Toda a nossa auto-imagem, auto-valor, capacidades, habilidades, comportamentos, bem-estar… Têm na base crenças profundas e a sua qualidade positiva ou negativa fará toda a diferença.

Todos estamos conscientes do poder da crença. Se é a crença que leva muitos a cometer atos absolutamente desumanos sem qualquer hesitação, é ela que justifica também exemplos de enorme altruísmo, compaixão, elevação. Felizmente, o mundo está cheio de exemplos positivos que nos mostram a magia da crença, a magia da fé. Gandhi, Madre Teresa de Calcutá e Nelson Mandela são exemplos de como crenças ilimitadas fundamentadas por valores elevados podem mudar o mundo. Todos conhecemos também Nick Vujicic, um exemplo de superação pessoal extraordinário.

Tu podes mudar o teu mundo. Podes começar pela linguagem que usas. As palavras têm o poder de aumentar, diminuir e modificar as nossas reacções à experiência. As palavras vão definir a maneira como interpretamos e sentimos as situações. Por exemplo, podes ter várias formas de descrever uma situação de desemprego; “Estou desempregada”, “Estou à procura de uma nova oportunidade” e “Estou temporariamente sem ocupação remunerada”. Cada uma provocará um sentimento e uma reação diferentes diante da mesma situação. Podes começar logo de manhã mudando o teu dia, orientando o teu foco. Mal acordes e ao longo do dia, usa algumas destas afirmações de Louise Hay. Não te esqueças que, como diz Nelson Mandela “tudo é considerado impossível até acontecer”.

Escolho sentir-me bem comigo mesma. Mereço o amor que sinto por mim.

Sou capaz de me cuidar sozinha. Reconheço e uso meu próprio poder.

Não importa o que os outros digam ou façam. O que importa é como escolho reagir e o que escolho acreditar a meu respeito.

Tenho a auto-estima e a confiança necessárias para avançar pela vida com facilidade.

Há muitas formas de transformar crenças limitadoras em crenças ilimitadas. Em PNL há vários modelos e exercícios que trabalham crenças. Este exercício é uma adaptação de outras técnicas e não se aplica ao trauma.

1- Identifica a crença limitadora.
2- Lembra-te da última vez em que te sentiste assim.
3- Revive essa experiência, sente.
4- AGORA sai do evento – vê-te nele. Repara na mudança de perspetiva e naquilo em que não tinhas reparado.
5- Enquanto fazes isto, identifica os recursos que dispões, por ex: se houve alguma vez em que tenhas ultrapassado isto, opções que ainda não tenhas visto, pessoas que te podem ajudar, decisões que podes tomar para que a mudança esteja na tua mão, seja da tua responsabilidade. Percebe que recursos precisas e quais tens disponíveis.
6- Pensa num tempo futuro – em que esta situação teria normalmente acontecido. Aplica os recursos, aprendizagem, opções, novas decisões, e repara no que acontece agora.

Este exercício leva-te a interiorizar uma nova perspetiva, comportamento, fisiologia. Continua a pô-lo em prática para cimentar.

Vera Braz Mendes
Astróloga, coach, trainer em PNL, Master Practitioner em Time Line Therapy®
Apoio Individual

Email: verabrazmendes@gmail.com

Tel: 91 982 24 60

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