Uau. Que mês, este agosto, começando logo no dia 1, como o ímpar leão adora, cheio de Luz!
Temas semeados, vivenciados, processados de há 6 meses para cá, estão maduros para serem colhidos.

Tanta Luz! o Rei Sol no seu trono de Leão, a Lua Cheia de Graça totalmente iluminada pelo seu Amor, Super que é, por ser Lua Azul (2 luas cheias no mesmo mês - em Agosto, a 1 e 31 - ocorrendo a cada 2 anos)…

Luz que ilumina por dentro e para trás. O passado e para a frente, para um futuro cujas decisões decorrentes de tanta Claridade, serão vinculativas e profundamente transformadoras.

Trans-formação, que Escorpião, como a quarta ponta (invisível) do T-Square da lunação com Júpiter, nos propõe. Não ficar igual, Al-quimizar, morrer, Re-nascer.

Atenção, contudo, ao excesso de luz/fogo, que queima o que é, e o que não é para queimar.

Exageros de qualquer tipo relacionados com Júpiter e Vénus sua regente – desde por exemplo, o mau uso do dinheiro, recursos, ou de quaisquer valores, a decisões radicais e não devidamente processadas, nas relações - devem ser calibrados pela enorme capacidade discriminadora de Mercúrio, tão bem acolhido na sua Virgem.
Agora ainda mais contido pela oposição do velho Saturno, circunscrito aos rigores dos limites/limitações que viver num universo material implicam.

Dá uma certa bi-polaridade esta Lua Cheia – o acelerador de Júpiter e o travão de Saturno - mas afinal elas são todas isso, a relação dos 2 pólos que nos habitam e conectam com a encarnação. Somos todos bi-polares: consciência e inconsciente, corpo e alma, hemisfério esquerdo racional, analítico, e o direito, emocional, sintético, intuitivo, etc, etc. Como o universo que conhecemos, pólos + e –, maré cheia e maré vaza, onda e partícula quânticas (no mistério de serem UNO só).

Mercúrio/Hermes o mensageiro dos Deuses esteve unido a Vénus/Afrodita, já retrograda, dia 28 Julho, em Leão: falar com o coração, que tem razões que a razão desconhece… o Dia do HERMA-FRODITA, o que decorre da conjunção de Hermes-Afrodita, símbolo antigo de Cristo.

Voltam a unir-se dia 8 Agosto 2024, aos 3 graus de Virgem: coloque essa data no calendário, para se conectar com a bênção do potencial amoroso desta consciência…

O Sol em Leão fala de Reis, Chefes de Estado: no mapa astral da Lua Cheia para Lisboa, este Sol está na casa 7, do público, em quadrado a Júpiter em Touro (trazer a fé, a Verdade, a Sabedoria, à Terra) que está em sêxtilo a Neptuno (o inconsciente colectivo, o Amor universal): a visita de Sua Santidade o Papa Francisco. E tantos jovens na cidade, da idade de Leão… vão haver muitos “coup de foudre” nestas Jornadas

Independentemente de convicções religiosas, esta é a leitura astrológica dos símbolos envolvidos.

Voltando à Luz, este Tempo é de máxima iluminação – no hemisfério norte, é o culminar do Verão, do calor, e dos fogos…

O coração é o órgão regido por Leão, é, muito a propósito o primeiro órgão a ser formado no período embrionário! Não deve haver órgão mais cantado pelos poetas, este representante do Amor, que gera, (como o cérebro) impulsos elétricos aos quais agora importa dar atenção. Não tanto no sentido material do processo - embora seja bom, sempre que adequado, fazer check-ups e acima de tudo amar sempre este nosso portal/centro.

A bela Vénus, Gérmen da Vida, da Forma e do Amor, também está em Leão - é muito fogo: o que @ apaixona?

A que “impulsos elétricos” do seu coração, precisa dar atenção?

Como nutre e se responsabiliza por fazer crescer esse fogo? Esse sentido, esse propósito, essa centragem, essa chama interior que arde sem se ver e precisa do suporte/lenha adequados para se manter presente e vivificante?

Por falar em eletricidade, a própria lua em Aquário, irradia chispas e faúlhas!

No signo de Urano, o raio elétrico que desce dos céus repentino e cortante, para nos despertar para o que não quisemos ver….

Pois é, é esta também a raiz das coisas inesperadas: ou estavam na sombra há muito a dar sinais que ignorámos, ou já tinham picos e mesmo folhas crescidas, mas continuámos cegos à mensagem.

Que nos e-luz-cida sobre nós mesmos.
Quem somos afinal?
Leão da individuação, Aquário da comunhão fraterna, em que ponto estamos do Caminho?
Bom, vamos ter circunstância inesperadas, sim, pessoas do passado que virão, revelações surpreendentes…

As Luas em Aquário - como é o meu caso - em Astrogenealogia, tiveram avós ou bisavós que sofreram de qualquer tipo de exclusão, rupturas repentinas com o sistema familiar, e/ou doenças mentais. Mães que tiveram que lutar pela sua liberdade, pela sua voz e espaço, e/ou que foram intermitentes, on-off, como quando se liga/desliga um interruptor, uma tomada de eletricidade.
Onde está a mãe?... é a ferida da criança interna com a Lua em Aquário. Em tenho-as em abundância, às Mães Divinas, no meu Altar….
A cura com as mães/avós biológicas também passa pela conexão com as Mães arquetípicas/Divinas (o processo é idêntico para os pais/Deuses).

Mas a Lua em Aquário é mestre no corte: romper abruptamente, desaparecer, desconectar-se é o seu mecanismo de sobrevivência. Atenção, pois, à cura/re-equilíbrio neste tema, até porque é espicaçado pela quadratura de Vénus a Urano.

Já falei deste tema da cura da criança interior no meu vídeo recente sobre o ESPECIAL VÉNUS RETRÓGRADO EM LEÃO. Na sua bênção, esta tensão impulsiona-nos para o melhor de nós, para a actualização do amor, da liberdade e dos vínculos. Força e inspiração!

Vi recentemente o filme Oppenheimer, que tão sincronisticamente fala do Pai do grande fogo criado pelos homens, o da trágica bomba atómica.

No mito grego, Prometeu, o titã co-responsável pela criação da raça humana, roubou à Deusa Héstia (a sacerdotisa) o fogo divino e deu-os aos humanos.

Pagou um preço alto: Zeus mandou acorrentá-lo a uma rocha por toda a eternidade, e todos os dias uma águia vinha comer-lhe o fígado (outro órgão de sangue, ou vida, como o coração).

O Fígado regenerava-se diariamente e o suplício recomeça eternamente… não só se vê este preço alto nas lutas que a consciência do cientista travou, dentro e fora de si, mas também, como o Mito revela, em cada um de nós, pela “ousadia de querermos ser como os deuses”. “Roubar o Fogo/Mistério” é ao mesmo tempo, um destino, uma cruz (trabalhar os eixos vertical, de ligar o Céu à Terra, e horizontal, a aprendizagem das correctas relações humanas), uma opção e uma inevitabilidade.

Estamos destinados a ganhar consciência/Luz, sendo o preço de perder a inocência inconsciente, alto. Mas qual é a opção?... apenas, atenção aos excessos.

Aprendamos com Ícaro que, cheio de hubris depois de uma vitória, querendo voar sempre mais alto na direção do Sol, queimou as asas e despenhando-se no mar, morreu afogado. Há sempre sabedorias e luzes que devem ficar com os Deuses…

Por outro lado, é para mim claro que o que quer que sejamos, é emanado como luz/reflexo dessa mesma identidade. Nas suas diversas dimensões, seja no instinto do macho/fêmea, seja nas dolorosas dualidades a integrar, da condição humana, seja nas bênçãos e feridas da nossa alma, “isso que em nós sente”.

Em Leão, o Sol chama-nos a emanar mais desse Centro que cumpre a cada um de nós voltar-a-Ser. A emanar mais da autenticidade de quem continuamente se individua, se conhece e se irradia como a versão mais consciente,

Lú-cida e inteira de quem nasceu para Ser. Nem mais, nem menos!
Esta noite veja a Lua magnificente, mais perto da nossa nave espacial, contemple-a e porque não, reverencie este tão antigo arquétipo do Sagrado Feminino. E brilhe!

Feliz e abençoada Lua Cheia!
Com Amor,
Vera Leal FemininoConsciente

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