
O Dia de África tem a sua origem na criação da Organização da Unidade Africana (OUA) em Addis Ababa, Etiópia, corria o ano de 1963. Por iniciativa do Imperador etíope Haile Selassie, a organização reunia, na altura, 32 governos de países africanos independentes, mas em julho de 2002 foi substituída pela atual União Africana.
Apesar da extinção da organização, a efeméride manteve a sua data de comemoração de forma a garantir "uma África unida e forte", capaz de concretizar os sonhos de "liberdade, igualdade, justiça e dignidade", refere documento oficial os fundadores da OUA, divulgado na altura.
Dos 54 estados africanos, 53 são membros da nova organização e participam ativamente nas comemorações a 25 de maio por simbolizar a luta dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação. No fundo, representa a data da Libertação da África, um marco contra as desigualdades raciais, políticas ou econômicas.
Crescimento diferenciado de país para país
Hoje, visto como um continente em potência repleto de recursos naturais, África segue o seu caminho, apresentando, no entanto, diferentes níveis de crescimento entre os seus países. África do Sul, Angola e Moçambique apresentam PIB’s mais elevados, mas a média africana fica enfraquecida face aos restantes distúrbios no norte de África e face à elevada mortalidade provocada pelos flagelos da fome e da SIDA que ainda proliferam.
Ainda assim antevê-se um crescimento populacional na ordem dos 2% e uma taxa de crescimento de 5,8% para 2012. Recorde-se que numa década, o continente africano registou um crescimento de cerca de 27 % em termos de investimento direto estrangeiro, dados do estudo da consultora Ernst & Young, divulgado recentemente.
Para o relatório “Perspectivas Económicas de África” os países africanos devem estabelecer ligações transfronteiriças mais próximas, sendo, neste momento, os cinco principais parceiros do continente a China (38%), a Índia (14%), a Coreia (7,2%), o Brasil (7,1%) e a Turquia (6,5%).
Têm crescido os negócios com África, mas sobretudo tem crescido o continente que agora tem os olhos postos em si e nas suas potencialidades.
Comentários