Enquanto no ano passado a expectativa dos portugueses era a de que 2022 fosse melhor ou igual ao ano anterior, no final deste ano muitos preveem que o ano de 2023 não seja de todo fácil. No rescaldo da pandemia, as circunstâncias atuais – guerra na Europa e o aumento do custo de vida com impacto no orçamento das famílias – estarão a influenciar a forma como os portugueses perspetivam o novo ano.
De acordo com inquérito realizado pelo Observador Cetelem, mais de metade dos inquiridos, 54%, consideram que o novo ano será um ano pior. Na distribuição por cada resposta, 42% dos entrevistados consideram que será um ano pior e 12% “muito pior”. Ainda assim, 24% dos portugueses inquiridos perspetivam que o novo ano será um ano melhor – 5% dos quais “muito melhor”. 17% consideram que será um ano igual.
Segundo os dados, os mais pessimistas relativamente ao novo ano são os inquiridos dos 35 aos 44 anos e os mais velhos, dos 55 aos 74 anos (65% de cada um dos grupos etários). Os mais jovens, dos 18 aos 24 anos, são os que têm uma atitude mais positiva (51%).
Mais portugueses festejam em casa
Este ano, os portugueses continuam a preferir festejar a Passagem de Ano em casa (60%), sobretudo, os inquiridos com mais de 55 anos (67%). No entanto, face ao ano anterior, pautado por cautelas relacionadas com a pandemia, verifica-se que mais inquiridos (37%) tencionam celebrar em casa de familiares e amigos (+14p.p. face ao ano anterior), nomeadamente, os inquiridos dos 25 aos 34 anos (51%). 8% dos entrevistados farão ainda parte das celebrações num restaurante, 6% na rua e 2% num hotel.
Observando os dados por região, verifica-se que os inquiridos residentes na região Centro demonstram ter a maior preferência em passar a Passagem de Ano nas suas casas (64%), enquanto mais inquiridos das regiões Norte e Sul dizem passar a festividade em casa de amigos e familiares (38%, respetivamente). Nas Áreas Metropolitanas, a preferência é semelhante, com 38% e 40%, em Lisboa e no Porto, respetivamente, a preferirem celebrar em casa de amigos e familiares e 60% e 57% em suas casas.
No que respeita aos gastos na Passagem de Ano, os portugueses tencionam gastar em média 83 euros, menos 24 euros do que em 2021. Os mais velhos, dos 55 aos 74 anos, são os que tencionam gastar mais nas celebrações (91 euros). Já os mais jovens, com menos de 25 anos, são os que tencionam gastar menos (74 euros).
Os entrevistados residentes na zona metropolitana do Porto e de Lisboa preveem gastar valores semelhantes, respetivamente 84 e 81 euros. Já os inquiridos da região Sul (92 euros) tencionam gastar, em média, mais 12 euros na Passagem de Ano do que os inquiridos das regiões Norte e Centro (80 euros respetivamente).
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