Lisboa é a 37ª cidade com melhor qualidade de vida em todo o mundo, recuperando uma posição face ao ano passado quando a capital alfacinha esteve em 38.ª lugar no estudo anual Quality of Living da consultora Mercer. Lisboa é também a 31ª cidade mais segura, subindo 6 posições em relação ao lugar que ocupava em 2005.
"Estamos a atravessar um momento estável a nível económico, com investimento internacional, uma taxa de desemprego relativamente baixa e resultados animadores no que toca, por exemplo, às exportações. A qualidade de vida da capital portuguesa tem vindo a evoluir em todos os sentidos, fazendo de Lisboa uma opção incontornável a nível internacional", diz Tiago Borges, responsável da consultora autora do estudo.
No ranking mundial, o segundo lugar vai para Zurique e o terceiro é partilhado por Auckland, Munique e Vancouver – a cidade com melhor ranking na América do Norte nos últimos 10 anos. Singapura (25ª), Montevideo (78ª) e Porto Luís (83ª) mantêm o seu estatuto enquanto as cidades com o ranking mais elevado na Ásia, América do Sul e África, respetivamente.
Estas são as 10 cidades com mais qualidade de vida do mundo
Apesar de Bagdade continuar no lugar mais baixo da lista, verificaram-se melhorias significativas associadas aos serviços de segurança e saúde. Caracas, contudo, viu as suas condições de vida caírem devido à instabilidade política e económica.
"Estruturas locais fortes são essenciais para as operações globais das multinacionais e são impulsionadas em grande parte pelo bem-estar pessoal e profissional", comenta Tiago Borges.
"Empresas que procuram expandir-se além-fronteiras têm uma série de considerações a nível local quando identificam a melhor localização para colocar os seus novos escritórios e colaboradores. A questão mais importante é terem acesso a dados relevantes, fidedignos e a uma avaliação padronizada, elementos essenciais para tomadas de decisão críticas", acrescenta.
O estudo da consultora Mercer é um dos mais abrangentes e é desenvolvido anualmente para permitir a empresas multinacionais e outras organizações remunerarem os seus colaboradores de forma justa quando os colocam em projetos internacionais. Para além de dados importantes relativamente à qualidade de vida, o estudo da Mercer faz uma avaliação de mais de 450 cidades em todo o mundo. Este ranking inclui 231 destas cidades.
Este ano, a Mercer disponibiliza um ranking separado sobre segurança pessoal que analisa a estabilidade interna das cidades, níveis de criminalidade, aplicação da lei, limitações à liberdade individual, relações com outros países e liberdade de imprensa. Este ano, a Europa Ocidental lidera os rankings, com o Luxemburgo a ser considerado a cidade mais segura do mundo, seguido por Helsínquia e as cidades suíças de Basileia, Berna e Zurique, juntas em segundo lugar. De acordo com o ranking de 2019 de segurança pessoal da Mercer, Damasco posiciona-se no fundo da tabela em 231º lugar e Bangui, na República Centro Africana, registou o segundo pior resultado, encontrando-se em 230º lugar.
"A segurança das pessoas é medida através de um largo conjunto de fatores e está constantemente em mutação, visto que as circunstâncias e condições nas cidades e países muda de ano para ano. Estes fatores revelam-se essenciais para as multinacionais no sentido de decidirem quando devem enviar os seus colaboradores além-fronteiras, tendo em consideração preocupações em torno da segurança do expatriado, bem como o impacto significativo que pode ter relativamente ao custo de programas de compensação internacionais", comenta Tiago Borges.
Europa
As cidades europeias continuam a ter a qualidade de vida mais elevada do mundo, com Viena (1º), Zurique (2º) e Munique (3º) a ocuparem o primeiro, segundo e terceiro lugares na Europa, mas também no Mundo. 13 cidades do top 20 são europeias. As principais capitais europeias como Berlim (13º), Paris (39º) e Londres (41º) permaneceram estabilizadas no ranking deste ano, enquanto Madrid (46º) subiu 3 lugares e Roma (56º) subiu um. Minsk (188º) Tirana (175º) e São Petersburgo (174º) permaneceram como as cidades com o ranking mais baixo na Europa, enquanto Sarajevo (156º) subiu três lugares devido à queda de crimes reportados.
Moscovo (200º) e São Petersburgo (197º) foram, este ano, as cidades menos seguras na Europa. As cidades que mais caíram no ranking na Europa Ocidental entre 2005 e 2019 foram Bruxelas (47º), devido aos ataques terroristas recentes e Atenas (102º), refletindo a sua recuperação lenta da convulsão económica e política, em seguimento da crise financeira mundial.
Lisboa encontra-se este ano na 37ª posição, tendo subido uma posição relativamente ao ano passado. Esta classificação permite-lhe estar acima de cidades como Paris (39ª), Londres (41ª) ou Nova Iorque (44ª). Contudo, o grande salto da capital portuguesa verifica-se no ranking da Segurança. Neste, Lisboa encontra-se na 31ª posição, subindo 12 lugares relativamente a 2005, onde se encontrava em 43º.
Américas
Na América do Norte, as cidades canadianas continuam a refletir os melhores resultados, com Vancouver (3º) a registar o ranking mais elevado de qualidade de vida em geral, mas a partilhar o lugar com Toronto, Montreal, Ottawa e Calgary no que se refere a segurança. Todas as cidades norte-americanas abrangidas pela análise caíram nos rankings deste ano, com Washington DC (53º) a ter a maior queda. A exceção foi Nova Iorque (44º) que subiu um lugar - a taxa de criminalidade naquela cidade continuar a baixar. Detroit mantém-se como a cidade norte-americana com pior qualidade de vida, enquanto a capital haitiana Porto Príncipe (228º) é a que ocupa pior posição no ranking americano.
Na América do Sul, Montevideo (78º) registou novamente a qualidade de vida mais elevada, enquanto a contínua instabilidade em Caracas (202º) fez a cidade cair nove lugares este ano no que se refere à qualidade de vida e 48 lugares no que se refere à segurança, para 222º lugar, tornando-se a cidade menos segura no continente americano. A qualidade de vida manteve-se basicamente inalterada durante o último ano em locais como Buenos Aires (91º), Santiago (93º) e Rio de Janeiro (118º).
Sudeste Asiático e África
Dubai (74º) continua a registar o ranking mais elevado em todo o Sudeste Asiático quanto a qualidade de vida, seguida de perto por Abu Dhabi (78º); Sanaa (229º) e Bagdade (231º) contam o pior registo na região. As cidades mais seguras do Sudeste Asiático são o Dubai (73º) e Abu Dhabi (73º). Damasco (231º) é a menos segura.
Em África, Porto Luís (83º) foi a cidade com melhor qualidade de vida e também a mais segura (59º). Relativamente à qualidade de vida em geral, é seguida de perto por cidades sul-africanas como Durban (88º), Cidade do Cabo (95º) e Joanesburgo (96º), apesar destas ainda registarem rankings baixos no que se refere à segurança pessoal.
Ásia-Pacífico
Na Ásia, Singapura (25º) apresenta a melhor qualidade de vida, seguida por cinco cidades japonesas como Tóquio (49º), Kobe (49º), Yokohama (55º), Osaka (58º) e Nagoya (62º). No Sudeste Asiático, outras cidades notáveis são Kuala Lumpur (85º), Bangkok (133), Manila (137º) e Jacarta (142º); e em território chinês: Shangai (103º), Pequim (120º), Guangzhou (122º) e Shenzhen (132º). No que se refere à segurança pessoal, de todas as cidades do Este e Sudeste Asiático, Singapura (30º) registou o melhor ranking e Phnom Penh (199º) o pior.
No Sul Asiático, as cidades indianas de Nova Deli (162º), Mumbai (154º) e Bangalore (149º) não registaram qualquer alteração em comparação com o ranking para a qualidade de vida em geral do ano passado, com Colombo (138º) a registar a melhor posição. Em 105º lugar, Chennai é a cidade da região mais segura, enquanto Karachi (226º) é a menos segura.
Nova Zelândia e Austrália continuam com um ranking de qualidade de vida elevado, com Auckland (3º), Sidney (11º), Wellington (15º) e Melbourne (17º) a permanecerem no top 20. As principais cidades australianas marcam todas presença no top 50 de segurança.
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