Um estudo realizado na Universidade de Newcastle, Grã-Bretanha, sugere que os homens considerados ricos pelas suas parceiras proporcionam mais prazer às mulheres durante relações sexuais.
Segundo o estudo, divulgado pela BBC, a percepção da mulher do nível de riqueza do parceiro influencia a sua capacidade de atingir o orgasmo. E o prazer seria maior nas relações mantidas com homens com rendimentos maiores.
Os cientistas que elaboraram o estudo acreditam que este resultado é condicionado por uma “adaptação evolucionista”, que poderá fazer com que as mulheres instintivamente seleccionem os seus parceiros de acordo com a sua percepção de qualidade.
Os evolucionistas Thomas Pollet e Daniel Nettles utilizaram informações de uma pesquisa chinesa que, segundo a BBC, contém a maior base de dados sobre estilo de vida, saúde e família. Esta base de dados inclui informações pessoais e detalhes sobre a vida sexual de mais de cinco mil pessoas de várias partes da China.
De entre as 1.534 mulheres com maridos ou namorados que responderam à pesquisa, 121 delas disseram que tinham sempre orgasmos durante as relações sexuais, 408 disseram ter orgasmos com frequência, 762 tinham orgasmos “às vezes” e 243 raramente tinham orgasmos.
Segundo os autores do estudo, estes resultados seguem um padrão semelhante ao verificado em países ocidentais. De entre os factores identificados como influenciadores na frequência dos orgasmos relatados pelas mulheres, a riqueza do parceiro foi o mais determinante, segundo os pesquisadores.
«O resultado da pesquisa parece consistente com a ideia de que o orgasmo feminino evoluiu a partir de uma função evolutiva», disse Thomas Pollet à revista especializada Evolution and Human Behaviour.
«O orgasmo serve para seleccionar machos com base na sua qualidade. Assim, deve ser mais frequente nas fêmeas unidas a machos de alta qualidade. Parceiros mais desejáveis levam as mulheres a terem mais orgasmos», afirmou Pollet.
Ainda segundo este investigador, a influência dos níveis de rendimento parece ser ainda maior que outros factores, como a simetria corporal ou atracção, apontados em estudos anteriores.
28 de Janeiro de 2009
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