Em comunicado, o executivo comunitário dá conta que “a UE alocou um montante inicial de um milhão de euros em financiamento de emergência para apoiar os esforços internacionais para combater o surto de gafanhotos no deserto que está a causar estragos no leste de África”.

A Comissão Europeia explica que esta é uma “resposta imediata à necessidade urgente de reforçar as medidas de controlo para conter o surto de gafanhotos e proteger os meios de subsistência rurais, especialmente os que estão nas zonas mais ameaçadas pela falta de alimentos”.

Citado pela nota de imprensa, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, aponta que esta verba “ajudará os pastores e agricultores das áreas afetadas, que correm o risco de perder os seus meios de subsistência”.

“É necessária uma ação rápida”, destaca Janez Lenarcic, reconhecendo que esta praga de gafanhotos tem “um impacto humanitário real, destruindo plantações e pastagens”.

Há uma semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) pediu à comunidade internacional “mais fundos” financeiros para apoiar de “imediato os países afetados” pela maior praga de gafanhotos no continente africano nos últimos 25 anos.

A praga de gafanhotos que atinge o Corno de África foi declarada “emergência nacional” na Somália, onde estes insetos têm devastado o aprovisionamento alimentar de uma das regiões mais pobres do mundo, anunciou no início de fevereiro o Ministério da Agricultura do país.

A Somália foi o primeiro país da região a mobilizar-se para combater a praga de gafanhotos, cujo surgimento, segundo os especialistas, se deve às variações climáticas extremas.

Nuvens espessas de gafanhotos famintos têm-se espalhado da Etiópia e Somália para o Quénia, onde a agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura estimou no final de janeiro que apenas uma dessas nuvens cobriria uma área de 2.400 quilómetros quadrados, o tamanho do Luxemburgo.

Entretanto, milhões de gafanhotos que atingem parte do Quénia, na pior praga dos últimos 70 anos, estão a ser combatidos por aviões que lançam pesticidas, o único meio efetivo de controlo, segundo os especialistas.

Trata-se de um trabalho desafiante, especialmente em partes remotas do Quénia, onde não existe rede de telemóvel e as equipas em terra não conseguem comunicar facilmente coordenadas ao pessoal de voo.

Cinco aviões estão atualmente a dispersar ‘spray’ no Quénia e outras autoridades estão a tentar impedir os gafanhotos de se espalharem aos vizinhos Uganda e Sudão do Sul.

Especialistas avisaram que sem controlo, o número de gafanhotos pode crescer 500 vezes até junho, quando o tempo mais seco poderá ajudar a controlar o surto.

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