Os protestos começaram na Austrália, onde as pessoas afetadas recentemente pelos devastadores incêndios florestais se juntaram a jovens ambientalistas, protestando contra a postura pró-carvão do governo.
A jovem ativista Greta Thunberg, que está a viajar pelo Atlântico num veleiro para participar nas conversações pelo clima, publicou uma mensagem de apoio aos manifestantes. “Todos são precisos. Todos são bem-vindos. Junta-te a nós”, escreveu na rede social Twitter, a poucos dias de desembarcar em Lisboa, de onde seguirá para a cimeira das Nações sobre o clima, em Madrid (COP25).
Desde que iniciou sozinha as “greves pelo clima”, na Suécia, há mais de um ano, Thunberg alcançou um enorme número de seguidores por todo o mundo e inspirou muitos milhares de estudantes a faltarem regularmente às aulas à sexta-feira para se juntarem aos protestos pelo clima.
Muitas outras manifestações tiveram lugar na Alemanha, na Coreia do Sul, na Polónia, em Inglaterra, na Turquia, em Itália, em Espanha, em França, em Portugal.
Veja as fotos do protesto em Lisboa
Em Berlim, cerca de duas dúzias de ativistas ambientais saltaram para as águas geladas do rio Spree em frente ao parlamento para protestar contra o pacote de medidas do Governo, que afirmam não ser suficiente para reduzir os gases com efeito de estufa no país.
O pacote foi bloqueado hoje pela câmara alta do parlamento, que representa os 16 estados do país.
Mais tarde, dezenas de milhares de estudantes concentraram-se em frente das Portas de Brandemburgo.
Na África do Sul, algumas dezenas de pessoas empunharam cartazes a dizer “não é fixe” e “parem a poluição agora”, à porta da bolsa de Joanesburgo, sob o calor do verão do hemisfério sul.
África contribui menos para as alterações climáticas e está menos preparada para lidar com o problema.
No entanto, as autoridades têm soado o alarme devido a severas chuvas na África oriental, a par dos ciclones que atingiram Moçambique no início do ano.
Na Nigéria, vários jovens nigerianos marcharam na baixa de Lagos, espalhando mensagens como “Não há Planeta B” e “Parem de negar que a Terra está a Morrer”, enquanto veículos que passavam abrandavam e buzinavam, em apoio.
A megacidade é a mais populosa de África e está entre as cidades costeiras ameaçadas pela subida do nível do mar.
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