Conheça alguns pontos a ter em consideração para poder aproveitar as suas férias sem desequilibrar a sua carteira.
Vá de férias com um orçamento traçado
Para conseguir poupar nas suas férias de verão o ideal é começar a planeá-las com o máximo de antecedência. Além de conseguir fugir a preços inflacionados, pode aproveitar boas promoções em estadias, viagens de avião e até no aluguer de viaturas.
Se ainda não tratou destas questões, dado que já estamos em época alta, as soluções que restam para poupar resumem-se ao período em que vai estar efetivamente de férias.
Assim, o mais importante é que antes de fazer as malas defina um orçamento total para gastar nas suas férias. Este orçamento deve englobar as suas refeições, deslocações no local, atividades de lazer para toda a família, compras, lembranças para familiares, etc. Mas atenção. Este orçamento precisa de ser coerente com a sua atual situação financeira.
Para gerir melhor este orçamento, pode definir um montante máximo por dia para gastar. Se num dia ultrapassar este valor, no dia seguinte deve fazer um ajuste e gastar menos para equilibrar o orçamento máximo das férias.
Caso tenha dificuldades em poupar no período em que está de férias, saiba que pode, por exemplo:
- Comprar comida em supermercados e cozinhar no alojamento onde vai ficar, se este reunir as condições para tal. Isto não significa que não possa almoçar ou jantar fora. Mas se quer poupar, pode alternar entre fazer refeições em casa e fora.
- Outra das formas de poupar na alimentação fora é afastar-se dos locais turísticos e procurar restaurantes frequentados pelas pessoas da localização onde está. Assim, evita preços inflacionados.
- Na hora de deslocar-se, informe-se sobre a rede de transportes públicos. Consoante o destino de férias, podem existir boas soluções a preços bastante acessíveis. Esta é uma forma de gastar menos dinheiro em táxis, entre outros transportes para turistas.
- Procure atividades de lazer gratuitas e informe-se se existem dias específicos em que os museus e outros monumentos têm entrada gratuita.
- Se vai comprar lembranças para familiares e amigos, faça contas a quantas pessoas são e estabeleça um valor máximo para gastar.
Desfrute dos seus dias de descanso, mas não gaste todo o seu subsídio de férias
Tem receio que as férias desequilibrem as suas finanças pessoais? Uma dica que deve seguir à risca é não gastar todo o seu subsídio de férias nesses dias de descanso. Embora seja tentador fazer umas férias mais desafogadas, quando o orçamento está apertado é preciso ter uma visão a longo prazo.
Dado que o subsídio de férias é um “rendimento extra” à quantia que recebe mensalmente, a aplicação deste dinheiro deve ter em conta vários fatores além das suas férias. Por exemplo, com uma parte deste subsídio pode pagar dívidas, reforçar as suas poupanças ou até aplicar uma quantia num Certificado de Aforro ou num PPR a pensar numa poupança de mais longo prazo. E isto não quer dizer que tenha de abdicar das suas férias. Apenas deve planeá-las de forma a sobrar uma parte do seu subsídio para outras metas financeiras.
Se gastar todo este valor numas boas férias, quando regressar o aperto financeiro será ainda maior. Caso tenha filhos é preciso contar com despesas relacionadas com o regresso às aulas. Além disso, podem acontecer imprevistos. E nestas situações convém ter um fundo de emergência a que possa recorrer. Este tipo de estratégia evita que tenha de recorrer a cartões de créditos ou outro tipo de crédito pessoal sempre que o seu orçamento está mais apertado.
Como é que o subsídio de férias pode melhorar as suas finanças pessoais?
Existem várias formas de o subsídio de férias melhorar as suas finanças pessoais, sem ter de abdicar das férias para recarregar baterias. Ao juntar uma parte do subsídio de férias ao reembolso do IRS (se for o seu caso), pode:
- Constituir ou reforçar o seu fundo de emergência: Esta poupança serve para cobrir as suas despesas essenciais durante um período de três a 12 meses. Assim consegue cobrir imprevistos financeiros, perdas de rendimentos ou situações de desemprego. Quanto maior for o seu fundo de emergência, maior será a sua estabilidade.
- Reduzir as suas dívidas, sejam estas em relação a créditos ou, por exemplo, dívidas à Segurança Social ou Finanças, que implicam o pagamento de penalizações ou juros. Mesmo que não liquide as suas dívidas na totalidade, ao reduzir o valor da dívida, aumenta a sua folga financeira.
- Amortizar créditos com taxas de juro mais elevadas. No caso de ter mais do que um crédito contratado, pode usar uma parte do valor do seu subsídio de férias e reembolso de IRS para amortizar créditos pessoais ou dívidas de cartões de créditos que, por norma, têm taxas de juro mais elevadas.
- Invista num PPR. Ao investir num PPR pode preparar-se para a sua reforma, mas também usufruir dos benefícios fiscais que este produto oferece. Afinal, quando declara um PPR na sua declaração de IRS pode deduzir à coleta até 20% do valor que investiu, de acordo com as regras definidas deste benefício fiscal.
- Caso as suas finanças estejam equilibradas, pondere usar uma parte do seu subsídio para maximizar esse valor através de investimentos em produtos financeiros. Contudo, lembre-se que a sua carteira de investimentos deve ser diversificada e alinhada com o seu perfil de investidor. Uma regra fundamental: invista em produtos que compreende, desde as suas caraterísticas aos riscos, tendo em mente que pode ganhar, mas também perder o dinheiro que investiu.
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