Começou por estudar matemática aplicada mas, ao fim de dois anos, mudou-se para economia.
A veia empreendedora de Joana Martorell começou ainda na faculdade, quando resolveu montar um negócio de estampagem de t-shirts mas, antes de abrir o Go Natural, ainda passou pela atual Diageo e pela Unilever. As razões que levaram a sócia-administrativa do Go Natural a apostar no negócio da alimentação saudável.
Porque resolveu abrir o Go Natural?
Eu e o meu irmão tínhamos vontade de ter um negócio e achávamos que havia uma lacuna muito grande na área da restauração rápida em Portugal. Não existia nada associado à alimentação saudável com produtos que despertassem prazer e com uma imagem inovadora e sofisticada. Desenvolvemos esse conceito e abrimos a primeira loja, no Amoreiras Plaza, em Lisboa, em 2004.
Quais são os seus objetivos para o Go Natural?
Nos últimos dois anos, devido à crise, temo-nos vindo a reinventar. Agora queremos focar-nos nas lojas que temos e, em algumas delas, queremos implementar o conceito Go Natural Kitchen, que iniciámos no [centro comercial] Allegro e que se diferencia por ter comida feita no momento. Além disso, queremos continuar a desenvolver o Go Natural Shushi Bar e o Assador by Olivier.
Em junho de 2013, expandiram-se para o Brasil. Pretendem ir para outros países?
Não, mas queremos crescer por lá.
Qual é o passo seguinte na sua carreira?
Gostava de ter o Go Natural a depender menos de mim para poder dedicar-me à agricultura, área na qual gostava de desenvolver um projeto de solidariedade social.
Ao longo da sua carreira, sentiu alguma dificuldade por ser mulher?
Não, sempre trabalhei em multinacioinais e nunca senti que o facto de ser mulher me prejudicasse. Se nos sentirmos de igual para igual, os outros tendem a tratar-nos da mesma forma.
Conciliar a vida profissional e familiar é fácil?
Nada, sobretudo, com quatro filhos de idades tão diferentes. A minha filha mais velha tem 15 anos, a mais nova um e tenho um enteado com 18 que também vive connosco. Ter quatro filhos já é um trabalho a tempo inteiro e a sensação que tenho é que há falhas mas tenho uma regra. Nunca levo trabalho para casa.
As três regras essenciais da empresária:
1 - Ser otimista e acreditar em projetos ambiciosos que parecem difíceis. Raramente se atinge tudo o que desejamos mas se chegarmos a três quartos do que nos propusemos é melhor do que não termos sequer tentado.
2 - Acreditar nos outros e não se ser muito individualista.
3 - Honestidade perante as pessoas em geral.
Texto: Rita Caetano
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