Qual o segredo de um crédito bom? Um crédito pode ser classificado como bom se for enquadrado em:

  • Compra de um produto ou serviço essencial;
  • Permitir reduzir custos;
  • Permitir fazer investimentos criadores de valor (não falamos aqui do crédito pessoal).

Nunca se esqueça que o que torna o crédito bom ou mau é a utilização que faz dele…

Tenha atenção ao seu orçamento familiar

Um ponto essencial para determinar se um crédito é bom ou se é mau consiste no seu enquadramento com o orçamento da família. Muitas vezes estamos a comprar um produto essencial mas que sendo demasiado caro poderá pesar demasiado no seu orçamento. Logo, torna-se um encargo penalizador.

Na avaliação do seu caso concreto deverá ter em atenção a sua taxa de esforço

Prestações com créditos / Rendimento do Agregado Familiar

Muitas vezes perguntam-nos qual a taxa de esforço mais adequada. Idealmente, a taxa de esforço deveria ser zero, situação onde não teríamos qualquer crédito. Não vivendo num mundo ideal e correndo o risco inerente a todas as generalizações, procure ter uma taxa de esforço máxima de 30%  para poder ter espaço para poupar alguma coisa todos os meses.

5 dicas fundamentais para ter um bom crédito

Se quiser aumentar a probabilidade de ter um bom crédito, deverá ter em atenção um conjunto de dicas:

1. Faça uma análise adequada

Como falámos anteriormente, o que torna o crédito bom ou mau é a utilização que fazemos dele. Assim, deverá ter em especial atenção a sua situação específica, as características do produto que vai comprar e as especificidades do crédito.

2. Pesquise e negoceie

A segunda dica consiste na necessidade de procurar por diversas alternativas. De facto, existem diferentes instituições financeiras com as suas políticas comerciais que também diferem entre si. Assim, a sua capacidade negocial poderá implicar reduções significativas das suas prestações financeiras e com isto uma grande poupança de dinheiro.

Neste campo sugerimos que faça uma simulação para perceber qual o melhor banco para o seu caso concreto, procurando acautelar também as diversas comissões bancárias. Sugerimos a leitura do artigo “Abrir conta à ordem – 6 bancos em análise” onde lhe falamos dos bancos mais baratos para conta à ordem e conta ordenado.

3. Não olhe apenas para o spread

A terceira ideia consiste em fugir do sistema de análise tradicional. A maioria das pessoas foca a sua atenção apenas no spread e ignora muitos outros custos e comissões que estão associados a estes contratos. Não podemos falar de custos escondidos mas antes de custos ignorados, como sendo:

  • Prémio do seguro de vida – As seguradoras tradicionais costumam ter prémios superiores em 30%-50% a outras companhias;
  • Comissão de análise, dossier;
  • Comissão de manutenção de conta;
  • Produtos complementares (inerentes ao cross-selling).

4. Não pague comissões de análise

No setor financeiro é possível contratar créditos sem pagar comissões de análise pelo seu processo. Pague apenas após o crédito ter sido financiado e depositado na sua conta. Tenha em atenção que a taxa de aprovação média ronda os 3%-4% pelo que a probabilidade de perder a comissão de avaliação é de 96%-97%... Sugerimos que leia o artigo “Cuidado com os créditos pela internet”.

5. Não tenha pressas

A última dica destina-se a alertá-lo que a pressa é inimiga do cliente bancário. Deverá fazer uma análise prévia cuidada e procurar crédito antes mesmo de precisar de fazer a compra. Isto dá-lhe tempo para pesquisar, negociar e encontrar a melhor solução para o seu caso específico.

O Dr. Finanças pode ajudá-lo na pesquisa do melhor crédito para o seu caso. Pode fazer um crédito para pagar outros créditos e acabar com uma dívida difícil ou simplesmente fazer um crédito pessoal. Veja quanto pode poupar todos os meses.

Rui Bairrada