Vivemos um período de otimismo merecido mas que esconde alguns perigos. Estando o problema económico longe de ser resolvido, temos de continuar na nossa postura dos custos desnecessários e da redução do desperdício. Um destes focos reside nas comissões bancárias. Queremos deixar-lhe algumas dicas para reduzir ou mesmo acabar de vez com muitas das comissões que o seu banco insiste em cobrar-lhe:
Estude os seus extratos bancários:
O primeiro passo para acabar com as suas comissões bancárias consiste num estudo minucioso dos seus extratos bancários. É fundamental perceber quais as comissões que lhe estão a ser cobradas – manutenção de conta, transferência, entre outras. Esteja atento, também, à evolução do valor das comissões. Irá reparar que o seu banco terá aumentado o valor das comissões nos últimos meses. Se não se der conta (o mais provável) e se não negociar irá perder muito dinheiro!
Perceba as suas necessidades:
Qualquer serviço deve existir para satisfazer alguma necessidade em específico. Na prática, temos de conhecer quais as necessidades que temos e procurar uma solução. No contexto da sua relação bancária, deverá colocar-se um conjunto de questões:
- Para que preciso de uma conta bancária?
- Será que preciso mesmo de mais do que uma conta?
- Tenho benefícios em juntar as contas da família num mesmo banco?
Procure o melhor banco para as suas necessidades:
Depois de saber as necessidades que pretende ver satisfeitas está em condições de procurar o banco que melhor se adequa ao seu perfil, analisar o preçário dos vários bancos e negociar condições contratuais mais vantajosas.
Enquanto alguns bancos se esforçam por aumentar as comissões outros têm-se procurado distinguir por não cobrar comissões ou por mantê-las a níveis muito reduzidos. Salientamos o ActivoBank, o BancoBest e o BancoBig, bancos que dispõem de uma reduzida presença física e que por esse motivo têm uma estrutura de custos que lhes permite cobrar menos comissões ao mesmo tempo que remuneram os depósitos a prazo com taxas superiores. Atenção. Todos estes bancos são regulados pelo Banco de Portugal pelo que são tão legítimos como os restantes (e alguns com maior solidez financeira que os bancos tradicionais).
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Procure protocolos:
Várias instituições financeiras dispõem de protocolos com associações, empresas e outros organismos para proporcionar condições financeiras mais vantajosas aos seus associados. Aliás, o seu empregador deverá ter pelo menos um destes protocolos.
Tem conta ordenado? Exija condições especiais:
Todos os bancos dão condições especiais aos seus clientes que domiciliem os seus vencimentos no banco que podem passar pela isenção da comissão de manutenção de conta, comissão associada ao cartão de débito ou mesmo taxas de juro mais baixas em alguns créditos.
Opte pelos serviços online:
Os serviços financeiros via internet estão hoje em dia bastante mais seguros do que no passado. Sendo serviços seguros são também potencialmente mais baratos (atenção que alguns bancos retomaram a cobrança de comissões nos serviços online) e evitam que se exponha ao esforço de marketing do seu banco nas agências. Evite deslocar-se ao balcão. Já reparou que há bancos que já vendem televisores ou joias? Fará sentido?
Negoceie:
É possível negociar com o seu banco uma redução de comissões. Perca o receio ou a vergonha em negociar. O não está sempre garantido e se o sim vier irá sentir-se bastante bem com a poupança.
É possível reduzir os seus custos financeiros e poupar dinheiro todos os meses. Pode exigir algum esforço mas depois de conseguido irá colher os frutos do seu trabalho. Quem sabe, poderá ser a diferença entre poupar ou não poupar? Já viu que é possível poupar mais de 150€ por ano sem um grande esforço?
João Morais Barbosa
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