«Para ser bem-sucedido na vida, é fundamental que ame a sua profissão, seja ela qual for», afirmou já publicamente o mediático e polémico empresário norte-americano Donald Trump.
Gosta do que faz profissionalmente? Se não, quanto do teu tempo dedica à mudança? Será que eu nasci para isto? Ter tirado o curso o que tirei terá de me condicionar para o resto da minha vida?
Até que ponto vale a pena nos mantermos num trabalho que não nos satisfaz? Será que é mesmo aqui que quero estar daqui a 10 anos? Estas são algumas das questões, das dúvidas e das interrogações existenciais que cada vez mais pessoas faz perante um estado de insatisfação constante no trabalho ou da situação em que se encontram.
O coaching de carreira, muito comum noutros países, surge como solução para estes dilemas e é cada vez mais procurado por pessoas que se encontram a iniciar uma carreira, em situação de desemprego, que estão insatisfeitas com o seu emprego atual ou que querem simplesmente mudar de carreira porque se sentem esgotadas e sem perspetivas futuras de progressão.
Uma pessoa apoiada por um personal coach conseguirá definir melhor a sua carreira, descobrir como tirar partido dos seus talentos e definir metas motivadoras e realizáveis alinhadas com os seus valores. Ao longo de cada processo procura-se perceber quais as competências adquiridas e quais a individuo pretende ainda desenvolver. Mas todos sabemos que mudar é um ato de coragem e nem sempre é fácil.
Deparamo-nos com os nossos medos e angustias, com as opiniões dos outros que não nos entendem e é necessário ultrapassar essa angústia para que consigamos viver mais felizes connosco. Durante todo este processo, o papel do coach é fundamental para nos apoiar e desafiar ao longo deste percurso. Ele funciona como uma moleta que nos vai incentivar e apoiar para dar o passo seguinte sem receios e medos que nos façam recuar.
O processo de coaching desafia-o a criar uma visão de futuro que o motive e entusiasme, faz despertar no individuo o seu real potencial e estabelece metas a serem conquistadas. Trabalha-se o auto conhecimento e auto confiança como toda a base do que está para a frente. Numa escala de 1 a 10, qual é o seu grau de satisfação profissional? Desafio-a a fazer a reflexão.
Mais uma vez é preciso coragem para querer conhecer aquilo que realmente somos e mais coragem ainda para assumir que temos a faca e o queijo na mão. Aquilo que nós somos e vamos ser no futuro depende essencialmente de nós e das nossas ações neste momento. Conhecermo-nos a nós próprios deverá ser, sem dúvida, o primeiro passo. Ninguém é feliz num trabalho que não ama e só quando nos conhecemos realmente bem é que conseguimos descobrir o que nos realiza.
Pois é, aproveitar a vida e fazer dela o que nós queremos, é uma missão que deveria ser transversal a todos nós. Até que se prove o contrário, a vida é só uma e não deveremos deixar que ela nos passe ao lado. Então, para quê perder tempo em algo que não nos realiza? Na maior parte dos casos simplesmente mantemo-nos num curso ou numa determinada atividade profissional que não nos realiza porque não acreditamos na nossa capacidade de mudar e fazer outras coisas diferentes.
Saber que tipo de pessoa somos, o que nos motiva, como nos sabotamos é a peça-chave para ultrapassar obstáculos que vão surgir ao longo do caminho. Infelizmente, para a maioria das pessoas esta não é uma pergunta muito fácil de responder e muitas vezes uma descoberta que leva o seu tempo. Pois é, mas só será possível conquistarmos a tão desejada felicidade, a realização e sentido para as nossas vidas, se procurarmos fazer algo que nos dê prazer.
Porém para que isto aconteça temos de conseguir ultrapassar os nossos bloqueios e medos. E estes são os nossos principais obstáculos. O que desejo estar a fazer daqui a um ano ou dois ou até mesmo cinco? Não adie a resposta. Comece já a pensar nisso e a trabalhar para alcançar os objectivos a que seguramente se propõe.
Texto: Rita Vieira (life coach e especialista em carreira autora do e-book «Arrisca-te a Mudar»)
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