Em algum ponto da vida, todos nós já enfrentamos problemas financeiros, uns maiores, outros menores. Para resolver estas questões é comum recorrer ao crédito, nomeadamente, ao pequeno retângulo de plástico que anda sempre na carteira. A curto prazo poderá parecer uma saída viável, mas a médio longo prazo esta hipótese apenas servirá para aumentar o seu fardo financeiro, afinal já não tem dinheiro e ainda está a criar mais dívida.
Pagar estas dívidas poderá demorar bastante tempo e os seus esforços devem estar canalizados na redução da dívida e não na sua acumulação. A solução ideal é estabelecer um plano financeiro, que lhe permita gerir melhor as suas finanças. Desta forma, aqui ficam cinco pequenos passos que irão permitir-lhe começar a controlar a dívida e manter os seus compromissos financeiros sem prejudicar a estabilidade do agregado familiar.
1. Orçamentar
Muitas pessoas assim que ouvem a palavra “orçamento” pensam imediatamente que terão ter de viver a “contar os trocos”, mas não é esse o caso. Na realidade, esta ferramenta apenas irá ajudá-la a identificar e cortar despesas desnecessárias. Através do orçamento familiar será possível alinhar os seus gastos de acordo com os seus rendimentos. Desta forma, saberá para onde vai o seu dinheiro e será mais fácil controlar as suas finanças.
Aliás, um orçamento familiar não significa que tenha de cortar no que lhe traz prazer, apenas permite que viva com mais liberdade. O dinheiro que irá conseguir poupar permite-lhe estar melhor preparada para uma eventualidade no futuro.
2. Use o período gratuito do cartão de crédito
Os cartões de crédito são tentadores e podem ser muito úteis numa situação de emergência. Além disso, são um meio seguro para fazer compras online, no estrangeiro e muitos têm seguros anexados. Mas a maior vantagem é o facto de permitirem que faça compras a crédito sem pagar juros, se saldar a dívida dentro de um período gratuito (que pode chegar até 50 dias).
3. Fazer poupança
As poupanças são fundamentais para a boa gestão financeira. Se os seus gastos estão em linha com as receitas, não existe espaço para a poupança. Mas faça o seguinte raciocínio: será que conseguirá manter esse equilíbrio por muito tempo? E se acontecer um imprevisto? O segredo para um futuro sem sobressaltos reside na poupança e no conforto que poderá manter caso os seus rendimentos diminuam. Se não conseguir poupar durante os anos mais produtivos, será difícil manter a qualidade de vida a que se habituou durante os anos da reforma.
4. Pagar contas a tempo
Este gesto é bastante importante. Se se afundar num ciclo de pagamentos tardios, as dívidas irão começar a acumular-se e em pouco tempo terá uma pilha de contas para pagar. Com isto vêm as multas por pagamento em atraso, o que irá desajustar-lhe o orçamento desnecessariamente.
Poderá domiciliar o pagamento das contas mensais no seu banco. Mas se não o quiser fazer, opte por anotar numa folha (papel ou excel) as datas em que as contas costumam cair e quanto costuma pagar, de forma a que nunca se esqueça de pagar uma fatura.
5. Conte com os imprevistos
Conte com imprevistos. Crie uma almofada financeira que lhe permita sobreviver durante três a seis meses, para o caso de uma emergência, como o arranjo inesperado do automóvel, o desemprego ou a impossibilidade temporária de trabalhar – o fundo de emergência.
Caso não tenha uma ferramenta destas, um eletrodoméstico avariado ou um acidente de automóvel podem provocar graves estragos às suas finanças. Aproveite os ajustamentos que fez no seu orçamento familiar para começar a construir um fundo de emergência.
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