Nem sempre é fácil tomar decisões. Os prós e contras nem sempre são substanciais e nem tudo é branco e preto por forma a chegar a uma conclusão. A questão é que, se já não é bom ficar-se com a sensação de beco sem saída, podem acabar por perder-se oportunidades face à indecisão.
A regra 10/ 10/ 10 foi criada e divulgada pela escritora Suzy Welch aquando o lançamento do seu livro ' 10-10-10: Hoje, Amanhã e Depois'. Esta regra ou ensinamento pretende ajudar a ponderar cenários face a determinada questão, para assim ser mais fácil tomar uma decisão. Para tal, basta considerar o que aconteceria em 10 minutos, 10 meses e 10 anos, mais ou menos como curto, médio e longo prazo. Basicamente será incentivá-lo a pensar nas consequências nas diversas etapas e ter noção do que pode acontecer, ou seja, o que pode parecer difícil e árduo inicialmente, pode no futuro ser o melhor para si. Não julgue que é uma regra que lhe vai dizer o que deve ou não fazer, tipo bola de cristal, mas ao ajudar a avaliar as consequências das escolhas, vai de certeza facilitar o processo de decisão.
Tomando, como exemplo, um fumador que está a pensar deixar de fumar, mas a quem apetece um cigarro,... sabe que não o deve fazer, mas está-lhe mesmo a apetecer. Se resistir, para além do orgulho que irá sentir nesses 10 minutos, sabe que no espaço de 10 meses a sua resistência física está melhor e ao fim de 10 anos a probabilidade de estar mais saudável é maior e o risco de contrair doenças cardiovasculares ou outras é bem menos.
A nível profissional, esta regra também pode valer ouro. Imagine que está insatisfeito atualmente com o seu emprego e é algo que já dura há algum tempo e já lhe passou pela cabeça mudar de rumo, mas a indecisão não o deixa avançar. Caso continue, nada vai mudar a curto prazo, ou seja, se se pensar num mês, tudo se mantém igual e recebe o mesmo. A médio prazo o que acontece é que a probabilidade de tudo continuar igual continua a ser grande, mas com um grande senão: está ainda mais insatisfeito com o trabalho e o mesmo vai refletir-se neste (baixa produtividade) e, por conseguinte, na sua vida pessoal. A longo prazo, pois bem... vai olhar para trás e arrepender-se da decisão, uma vez que vai achar que já não tem idade para mudar de carreira ou emprego, voltar a estudar, etc...
Como há sempre o outro lado da moeda, caso decida sair, para além do alívio inicial e do ânimo e motivação que tem para ingressar em algo novo, ao fim de 2/ 3 anos já deve sentir que a sua carreira está a evoluir e ter acesso a outras oportunidades. A longo prazo, poderá estar bem estabelecido. Ou não... mas é aqui que está a diferença! Mesmo que o caminho não tenha enveredado por aquilo que inicialmente delineou, o que é certo é que do anterior emprego já sabia à priori que nada iria mudar e pelo menos assim deu uma chance de mudar o rumo da sua vida.
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