Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa a palavra drama significa “Acontecimento comovente. Cena pungente. Fazer (um) drama: exagerar a gravidade ou o aspeto negativo de algo”.

Algumas pessoas, sem terem verdadeira consciência disso, fazem um drama constante, dia a dia, das suas vivências, com consequências negativas na arte de bem viver. Todos os dias precisam de uma história dramática e trágica para contarem. O drama diário assume uma representação individual e social onde representam o papel dos sobreviventes e/ou das vitimas (mártir). Consideram que são vítimas das outras pessoas, do mundo à sua volta e que a vida e os relacionamentos são complicados.

Reflita sobre esta questão

Você considera que vive dependente do drama diário? Considera que o drama é uma razão que a mantém viva, ativa, alerta e focada nos seus objetivos?

Algumas dinâmicas evidenciadas na família de origem associado e que reforçam o drama ao longo da vida:

- Casos de alcoolismo ou dependência de drogas lícitas e/ou ilícitas

- Co-dependência

- Doença mental crónica

- Regras familiares excessivamente rígidas, castigos físicos, punição, censura, perfecionismo,

- Falta de manifestações de amor

- Abuso em criança: emocional, físico e/ou sexual

- Perturbações associados ao stress pós-traumático.

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Apesar de se ter sido sujeito ao trauma durante a infância, isso não quer dizer que tenhamos de ser infelizes o resto da vida, sabendo de antemão, se considerarmos ser honestos connosco próprios, que estamos a representar um drama, no palco da vida, com consequências negativas a nível emocional e espiritual, não religioso, sem dogmas e/ou divindades.

Na realidade, desde muito cedo, aprendemos que dá imenso jeito estar infeliz e ressentido, porque assim é-nos permitido mentir, enganar, manipular, julgar, magoar e invejar.

Já diz o ditado que reforça o drama: "Quem não chora não mama.” Será que o drama faz de nós pessoas invejosas? Creio que sim. Apesar de haver fases difíceis e dolorosas, ao longo da vida, seriamos mais verdadeiros, mais honestos, mais resilientes, mais criativos e espontâneos se sorríssemos mais frequentemente.

O que é que a faz sorrir? Você é uma pessoa que aglomera gratidão à sua volta ou preserva ressentimentos de estimação? Desmistifique o drama, o ressentimento e transforme as suas atitudes e comportamentos em resiliência. Sorria mais, viva o presente e desligue o complicómetro.

João Alexandre Rodrigues

Addiction Counselor 

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