22 de maio de 2013 - 13h45
A equipa do Albert Einstein College of Medicine em Nova Iorque fez a acidental descoberta quando investigava como aquela bactéria se tornou resistente à isoniazida (substância ativa de um medicamento antituberculose).
William Jacobs, um dos autores do estudo publicado na revista Nature Communications, disse que inicialmente “não acreditava” no resultado “totalmente inesperado” da experiência.
A vitamina C foi testada também em estirpes da tuberculose resistentes a medicamentos, com o mesmo resultado.
Nos testes de laboratório, a bactéria nunca desenvolveu resistência à vitamina C, “quase como o medicamento ideal”, disse Jacobs num vídeo divulgado na terça-feira pela instituição, segundo a agência France Presse.
O cientista assinalou, no entanto, que o efeito apenas foi demonstrado até agora num tubo de ensaio, desconhecendo-se “se funcionará em humanos” ou qual a dose necessária.
“Mas, na verdade, antes deste estudo não teríamos sequer pensado em tentar fazer os testes em humanos”, adiantou.
A equipa pediu, assim, que sejam realizadas mais investigações sobre o uso potencial da vitamina C no tratamento da tuberculose, sublinhando tratar-se de uma substância “barata, amplamente disponível e segura de usar”.
Em março, especialistas alertaram para o risco de aparecer uma estirpe incurável da tuberculose, à medida que mais pessoas desenvolvem resistência aos medicamentos.
Dados de 2011 indicavam a existência de cerca de 12 milhões de casos de tuberculose no mundo, 630.000 dos quais eram multirresistentes.
Lusa
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