As crianças são um alvo das doenças respiratórias e, no seu caso, é necessário ter atenção redobrada.

Frederico Teixeira, farmacologista clínico e director clínico das Termas de Monte Real, apresenta-nos as terapêuticas termais que dão resposta a algumas destas patologias.

1. Inalação (nasal e oral)

Tratamentos com efeito descongestionante visível no segundo ou terceiro dia. É colocado um aparelho com dois tubos nas narinas (nasal) ou com um tubo na boca (oral), através dos quais é respirada água termal em pequenas partículas, durante 15 minutos. Os tratamentos são diários, durante 12 a 14 dias. O efeito de melhoria e, sobretudo, a diminuição da frequência das crises de agudização, dura, em regra, dois a três meses.

2. Aerossóis

Indicado sobretudo para os problemas bronco-pulmonares (bronquite asmatiforme, asma). Usa um aparelho eléctrico ultra-sónico que cria partículas de água termal pequenas (quase vapor) que, respiradas lenta e profundamente pela boca, atingem as camadas profundas dos pulmões. Dura 15 a 20 minutos e visa impedir a secura das mucosas, induzir o relaxamento muscular brônquico, limpar e corrigir a sensibilidade de tipo alérgico e evitar o espasmo brônquico e a crise de asma. Traz melhorias ao nível da respiração ao fim de dois ou três dias e o efeito benéfico pode permanecer durante meses (mesmo não abolindo as crises, faz com que estas sejam menos frequentes e intensas).

3. Câmara de vapores

Crianças mais pequenas, que não suportam a imobilidade e a colocação dos aparelhos de inalação e de aerossóis, poderão beneficiar de um tratamento termal num compartimento em que se cria uma grande concentração de vapor de água termal, e onde elas podem brincar e respirar sem se aperceberem de que estão a fazer tratamento. A duração ronda os 30 (no máximo 45) minutos.

Preço: Inscrição e consulta: 60 €; Cada técnica termal (12/14 dias): 70 €. Tratamento completo (inscrição, consultas médicas e duas técnicas): 180 €

Saiba mais sobre a aplicação e benefícios de tratamentos termais na infância aqui .

Texto: Cláudia Vale da Silva com Frederico Teixeira (farmacologista clínico e hidrologista)